Qual é a probabilidade de um ETF de Bitcoin acontecer?

Em grandes mercados, como Japão e Coreia do Sul, investidores estão antecipando a possibilidade de um ETC de Bitcoin até o final de agosto deste ano, aguardando uma ascensão massiva. Contudo, é muito cedo para garantir o lançamento de um ETF baseado em ativos digitais.

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Mentalidade da SEC

A Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos (SEC) já rejeitou dois ETFs baseados em Bitcoin até hoje, um requerido pela SolidX e o outro pelos gêmeos Winklevoss, que operam a exchange Gemini.

Em março de 2017, a SEC alegou que a proposta dos Winklevoss foi rejeitada pelo fato do Bitcoin, um ativo digital, não ser propriamente regulamentado em outros países. A agência também ressaltou que haviam lacunas em relação a garantias no setor das criptomoedas.

Atualmente, o mercado conta com uma estrutura regulatória rígida, com políticas anti lavagem de dinheiro (AML) e padrões de segurança. Mercados como Japão e Coreia do Sul possuem estruturas regulatórias melhores do que os Estados Unidos, estando o Japão encarregado de liderar a criação de padrões internacionais do G20 para a regulamentação de criptomoedas.

Consequentemente, as emissões mencionadas pela SEC em março são agora irrelevantes e, com a Chicago Board Options Exchange (CBOE) requerendo junto à SEC a criação de um ETF de Bitcoin com total garantia, a falta dela no cripto mercado também deixou de ser um problema.

Contudo, do ponto de vista da SEC, conforme afirmou o presidente de pesquisa da Needham & Co-vice, Spencer Bogart, a agência não ganha nada aprovando qualquer ETF baseado em criptomoedas pois, caso os ETFs sejam bem sucedidos no mercado estadunidense, a SEC não se beneficiará com isso. Entretanto, caso os ETFs comecem a causar problemas que não podem ser controlados pela agência, a SEC pode ser responsabilizada por eles.

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Em fevereiro de 2017, Bogart afirmou que a probabilidade de um ETF ser aprovado era quase de 25%, tendo em vista que a SEC sempre foi relutante acerca da introdução de uma nova classe de ativos. Bogart declarou:

“A chances são menores do que 25%. Isso porque a primeira coisa na lista da SEC é proteger o público investidor. Quando você pensa no aspecto teórico disso, se eu trabalho na SEC, aprovo esse ETF e ele é bem sucedido, ninguém vai me dar um tapinha nas costas e uma promoção. Contudo, se eu aprovar e algo der errado, eu provavelmente perderei meu emprego.”

Ponto de vista positivo

A SEC tem sido cética em relação a novas classes de ativos e commodities emergentes. Porém, recentemente, a SEC reconheceu Bitcoin e Ethereum como moedas, dando clareza à natureza regulatória dos dois grandes ativos digitais pela primeira vez.

O reconhecimento de Bitcoin e Ether pela SEC pode contribuir com a decisão de aprovar os ETFs baseados em criptomoedas, especialmente se a intenção da SEC é vigilar propriamente o setor de criptomoedas, facilitar o crescimento de projetos inovadores e combater agentes nocivos.

Se um ETF de Bitcoin for aprovado pela SEC, muitos especialistas, inclusive o CEO da IronWoord, Michael Strutton, sugeriram que a maior criptomoeda do mercado poderá acrescentar de US$84 a US$336 bilhões à sua capitalização, potencialmente atingindo o valor de US$44 mil.

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Fonte: CryptoSlate