Atores realizaram negociações para inflar artificialmente os preços de seus ativos; cerca de US$ 389 milhões foram feitos por operações de lavagem

Manipulação no universo NFT

Segundo informações do CryptoSlate, as movimentações globais com tokens não fungíveis (NFTs) chegaram a US$ 850 milhões durante o mês de outubro. Contudo, cerca de US$ 389 milhões teriam sido transacionados artificialmente, para inflar os preços.

Anndy Lian, responsável pela apuração, coletou os dados de aproximadamente 3 milhões de transações NFT. Desse montante, 1 milhão corresponde a compradores e vendedores únicos. Ambos os perfis aumentaram em relação a setembro.

Acontece que o número de compradores e vendedores únicos, comparado com o aumento de vendas e transações, parece inconsistente. Enquanto 1 milhão de usuários foram responsáveis por realizar 4 milhões de transações em maio, o mesmo montante movimentou apenas 250 mil itens digitais.

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Não faz sentido

De maneira geral, o mercado cripto apresenta crescimento de acordo com a entrada de novos usuários; quando esse número é reduzido ou encara estagnação, a tendência é a lateralização ou a redução dos valores dos NFTs.

Lian contatou duas exchanges centralizadas (CEX), que também operam NFTs, para coletar alguns dados e sustentar sua tese: 80% dos novos compradores estão simplesmente guardando seus bens digitais em suas carteiras.

Tendo em vista que os preços dos principais criptoativos continua bastante baixo, tal aumento nos preços se mostra bastante suspeito. O Bitcoin (BTC), por exemplo, está sendo negociado por US$ 16.509 a unidade neste momento, segundo dados do CoinMarketCap – valor congruente com a análise técnica publicada em fevereiro desse ano.