Quase US$ 20 milhões roubados da KuCoin já foram vendidos por meio de DEXs

Um relatório recente indica que os hackers já venderam quase US$ 20 milhões dos fundos roubados por meio de exchanges descentralizadas.

Quase US$ 20 milhões dos US$ 281 milhões que foram roubados da KuCoin já foram vendidos em exchanges descentralizadas (DEX). Este é o ponto de vista da Elliptic, provedora de análise de blockchain com sede em Londres.

DEXs eram a única saída para os hackers

De acordo com um relatório recente, os hackers venderam US$ 17,1 milhões dos US$ 281 milhões em criptomoedas em exchanges descentralizadas (DEX).

A análise oficial mostra que poucas horas após o roubo, o hacker tentou vender parte dos tokens em duas exchanges regulares. Os especialistas lembram que, ao contrário do Bitcoin, alguns dos tokens não são resistentes à censura, pois são emitidos por organizações centralizadas como o Tether, o emissor da stablecoin USDT. Portanto, essas organizações podem congelar esses tokens.

Esta era a situação com a KuCoin também. Após o hack registrado, algumas organizações que emitiram alguns dos tokens roubados começaram a “congelar saldos ou mover fundos à força”, permitindo que a KuCoin recuperasse os ativos roubados.

Os hackers usaram exchanges descentralizadas onde não há procedimentos KYC, pois a rota de lavagem foi essencialmente bloqueada. O relatório também lembra que as exchanges centralizadas são capazes de registrar se algum dos ativos recebidos foi originado do hack da KuCoin.

De acordo com a análise, o ladrão começou a vender os tokens roubados em ETH para DEXs.

Dessa forma, o hacker trocou os ativos roubados, que corriam o risco de serem congelados, por uma criptomoeda resistente à censura. Até 30 de setembro, o ladrão teria vendido US$ 17,1 milhões em tokens Ether em cinco DEXs (ou agregadores DEX), incluindo Uniswap, Kyber Network, DEX.AG, 1inch.exchnage e Tokenlon.

De acordo com o relatório, isso pode continuar.

Encontrando a trilha do dinheiro

Independentemente do que foi dito acima, os especialistas da Elliptic dizem que o rastro de dinheiro do roubo é reconhecível mesmo em redes DEX.

“Ao contrário das exchanges centralizadas, que são becos sem saída quando se trata de rastrear o fluxo de fundos, com DEXs tudo é registrado e visível na blockchain”, diz a análise.

Recentemente, DEXs se tornaram a escolha lógica para atividades de lavagem de dinheiro no mundo cripto. O hack da KuCoin pode ser o terceiro maior na história das criptomoedas, drenando milhões das carteiras quentes da popular exchange de criptomoedas.

Fonte: cryptopotato

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Foto de Bruno Lugarini O autor:

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.