Quer entender a avaliação do Nubank em US $ 10 bilhões?

Veja algumas das razões que levaram a startup a atingir tamanha valorização. O Nubank, paralelamente, expande atuação na América Latina

A recém-anunciada rodada de investimentos no Nubank está sacudindo o mercado. A startup brasileira recebeu uma injeção de US $ 400 milhões. Foi o maior investimento arrecadado pela fintech em seus anos de atuação. O líder da recente rodada de negociações é o fundo americano TCV.

O fundo é conhecido por investir em empresas em fase de crescimento acelerado, já tendo investido em players como Netflix, Spotify e Zillow. No entanto, o investimento no Nubank foi o primeiro do TCV na América Latina, o que é visto como forma de dar visibilidade às startups brasileiras.

Historicamente, conforme registra a Folha de São Paulo. o Nubank angariou investimentos provenientes de outras sete rodadas. É um conjunto de operações que soma um valor total de US $ 820 milhões. Mas o que mais chama a atenção, no caso desse novo aporte, é a valorização atingida pela empresa brasileira. O valor de mercado do Nubank passou a ser de US 10 bilhões.

Essa é, portanto,a cifra que vem impressionando o segmento financeiro. É um valor que, de acordo com a sinalização do portal Exame, está próximo do patamar de avaliação da Renner. A gigante varejista vale 9,7 bilhões de dólares na bolsa, segundo os dados do canal informativo.

As razões da cifra bilionária

Na busca por entender as razões da alta valorização da fintech, o Exame ouviu especialistas. Um deles, o consultor Boanerges Ramos Freire, cita uma especificidade importante.

“Quem compra um pedaço da empresa pagando esse valor está comprando uma tese de investimento, uma possibilidade de entrar no mercado brasileiro, não se trata do valor real da empresa”.

Para a cofundadora do Nubank, a análise vai no mesmo sentido. Cristina Junqueira também citada pela matéria, acredita o investimento que acaba de ser anunciado sinaliza uma enorme possibilidade. A executiva acredita que o potencial de valorização da companhia ainda deve se expandir no próximos anos.

“Os fundos avaliam seus investimento esperando bons retornos. Muito mais importante do que as críticas é o fato de que um dos maiores fundos do mundo decidiu fazer um investimento dessa magnitude. A oportunidade no Brasil e na América Latina continua imensa”, afirma ela ao Exame.

De acordo com o que segue apontando a reportagem, o valor de mercado de empresas como o Nubank acaba tendo, como base, muito mais a perspectiva de ganhos futuros do que os ganhos atuais. É uma equação em que também contam aspectos como potencial de mercado e capacidade de execução da companhia.

Momento de expansão

Em termos de resultados o Nubank apresenta números consistentes. Conforme os dados do Exame, As receitas se multiplicaram por 45 em quatro anos: de 28 milhões de reais em 2015 para 1,3 bilhão no ano passado. Resgatando a história da startup, o portal internacional Finextra a dar destaque ao desempenho desde a fundação, em 2013. O canal de notícias destaca que a fintech tem, hoje, uma base de 12 milhões de clientes.

Além disso, como reforça o portal Exame, há algumas semanas, o Nubank anunciou planos de expansão para a América Latina. Já foram abertos os escritórios do México e da Argentina. Para dar suporte ao movimento de expansão de fronteiras, também haverá ampliação de equipe. O que se espera é que os atuais 1.600  cheguem a ser 2.500 até o final de 2019.

 

 

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Foto de Daniela Risson O autor:

Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.