R3 está treinando uma nova geração de advogados especializados em DLT

R3 está treinando a nova geração de advogados especializados em distributed ledger technology.

Anunciado hoje, o consórcio de mais de 200 instituições financeiras montou um time com 10 escritórios de advocacia para criar o Centro de Excelência Legal (LCoE), uma plataforma que visa educar advogados ao redor do mundo sobre os fundamentos da tecnologia blockchain e do ecossistema que está crescendo ao redor dela.

Incluindo firmas como a Crowell & Moring LLP (o conselho legal que auxiliou a R3 a levantar US$107 milhões em capital), Baker McKenzie e Perkins Coie, o grupo foi formado para acelerar a taxa de criação de advogados qualificados para lidar com o mundo das criptos.

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Membros – incluindo Ashurst, Clifford Chance, Fasken, Holland & Knight, Shearman & Sterling, e Stroock – não só colaborarão em projetos futuros, como também dividirão o que aprenderem através de documentos publicados periodicamente. Os advogados terão acesso a uma diversidade de serviços, incluindo a plataforma da R3 que está próxima de ser lançada, Corda Enterprise.

Jason Rozovsky, conselheiro sênior da R3 e chefe do novo centro, classificou a ação como algo que fornecerá a fundação legal para uma ampla gama de aplicações empresariais.

Ele disse:

“Existem algumas arestas que nós precisamos aparar para garantir que as pessoas, incluindo aquelas que são membros do projeto, fiquem confortáveis ao utilizar esta tecnologia.”

Acesso interno

Para que estes fins sejam alcançados, os membros se encontrarão mensalmente e revisarão não só documentos de pesquisa que não foram a público, como também demonstrações de projetos públicos e secretos de blockchain, segundo Rozovsky.

Por exemplo, na última semana, membros do projeto tiveram acesso a uma demonstração do Projeto Maison, co-construído com a RBS para explorar o uso de DLT no processo de relatórios de regulamentação. O projeto piloto, que está sendo desenvolvido em parceria com a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido, com a gigante das telecomunicações BT e com a Cyprus Securities & Exchange Commission, já foi declarado um sucesso, estando agora em um processo para habilitar seu funcionamento ao público.

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Como parte do processo, membros do LCoE viram como o serviço baseado em Corda funciona, junto com uma demonstração da LEIA 2, uma plataforma de identificação co-construída pela R3 e pela Consultoria Synechron.

Além de tudo isso, membros receberão uma newsletter mensal sobre seus progressos, além de serem atualizados sobre as pesquisas em andamento da R3.

Segundo Rozovsky:

“A ideia é ajudar estas pessoas a entender o que está acontecendo na esfera do blockchain, quais são os projetos que estão sendo trabalhados e quais os benefícios advindos dos mesmos.”

R3, que está localizando suas instalações em Nova York, publicou as taxas requeridas para se juntar ao Centro. Além da taxa, um dos requerimentos para se juntar ao grupo é que o escritório de advocacia interessado tenha pelo menos um caso dentro de uma das jurisdições onde seus membros se localizam.

Embora ajudar os advogados a redigirem smart contracts não seja o futuro imediato do LCoE, Rozovsky disse que isso pode acontecer ao longo do caminho, como parte do trabalho de um grupo específico.

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Um novo tipo de competição

O trabalho da R3 em educar advogados prontos para atuarem na esfera das criptos é parte de uma ampla iniciativa, que atua em múltiplas frentes.

Primeiro, a plataforma Corda da R3 deve ser lançada em breve, com uma quantidade de aplicações já sendo trabalhada, criando um marco em um ano do qual se espera uma chuva de lançamentos de “versões 1.0”, incluindo do consórcio Hyperledger.

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Segundo, juntar um grupo de advogados para colaborarem entre si é um esforço para mobilizar a criação em escala global de especialistas que lidem com os problemas da indústria. Ano passado, outro grupo consistente de 10 escritórios de advocacia, incluindo alguns dos membros do LCoE, se juntaram à Enterprise Ethereum Alliance, auxiliando no lançamento do seu Legal Industry Working Group.

O atrativo destes grupos, segundo a chefe da iniciativa de blockchain e DLT da Crowell & Moring, Jenny Cieplak, é o acesso que se ganha às novas tecnologias, além do suporte que as firmas de advocacia prestam umas às outras.

Ela disse:

“O principal propósito do grupo é compartilhar ideias e ganhar experiência, além de trabalhar em conjunto para possibilitar o surgimento de ideias que não surgiriam, caso estes escritórios estivessem trabalhando sozinhos.”

Fonte: CoinDesk

Edição: Webitcoin