Registros em blockchain disparam e aceleram o fim da papelada

Digitalização de documentos acelera processos e garante segurança nas operações; CEO da Mannah aponta para até 90% de redução de custos cartoriais
Com muito mais eficácia e proteção, os arquivos digitalizados estão sendo cada vez mais utilizados nos processos, acarretando uma enorme diminuição de custos e um aumento na velocidade dos processos. O que antes necessitava de arquivos físicos, reconhecimentos presenciais e deslocamentos, agora pode ser executado em segundos, com validade jurídica e rastreamento total. Armazenados na blockchain, há uma camada extra de segurança, o que os torna invioláveis e sem possibilidades de fraude.
Substituindo a burocracia tradicional por um sistema seguro, verificável e de fácil acesso, o CEO da Mannah, plataforma brasileira especializada em digitalização, Pedro Xavier, explica que a blockchain tem se firmado como uma infraestrutura moderna de registro.
“A blockchain funciona como um cartório digital global, onde cada arquivo ou contrato registrado recebe um hash único, com data, hora e criptografia, o que assegura autenticidade e impossibilita alterações. Isso reduz fraudes, elimina a papelada e simplifica auditorias em qualquer tipo de operação. Além disso, a blockchain reduz custos com cartório, podendo chegar até 90% de economia, facilitando ainda mais a negociação”, enfatiza.
Fundos de investimento, companhias de securitização e financeiras já estão notando os progressos trazidos pela digitalização desses arquivos e estão adotando o registro em blockchain para garantir a integridade de contratos, bases e garantias.
Um caso real é a digitalização de precatórios no Brasil. Em uma operação organizada pela Mannah, todos os arquivos, inclusive cessões e contratos, foram digitalizados e registrados com hash em blockchain, dinamizando as negociações e acelerando processos que antes demoravam semanas. A digitalização não apenas assegurou validade jurídica, como também proporcionou mais transparência e segurança para os investidores.
Casos como esse não são incomuns. No agronegócio, produtores têm registrado comprovantes de produção e contratos digitalmente, o que facilita o acesso a crédito e novas formas de comercialização. No setor imobiliário, escrituras e laudos são armazenados de forma segura e conectados diretamente a ativos digitalizados, permitindo transações mais rápidas e até vendas fracionadas. Na mineração, relatórios técnicos auditados são registrados digitalmente, permitindo antecipação de receitas com muito mais credibilidade junto ao mercado financeiro.
Essa movimentação não ocorre apenas no Brasil. A Estônia é um exemplo internacional de sucesso: o país inseriu a blockchain em sua infraestrutura estatal e hoje mais de 99% dos serviços governamentais são digitais. Registros públicos, certidões e licenças são armazenados com segurança em blockchain, garantindo integridade, economia e acessibilidade. Trata-se de uma visão de futuro aplicada na prática, com resultados consistentes.
Com estimativas apontando que o mercado global de tecnologia blockchain deve ultrapassar US$ 1 trilhão até 2030, a utilização dessa infraestrutura como base para registros digitais seguros e verificáveis deixa de ser uma tendência pontual e passa a representar uma necessidade estratégica para empresas que buscam agilidade, segurança jurídica e redução de custos. “Estamos vivendo uma mudança estrutural na forma como contratos e documentos são registrados. A blockchain oferece um novo padrão de confiança: registros imutáveis, com data, hora e verificação pública. No Brasil, ainda há casos em que o cartório é exigido por lei, mas em muitas situações já é possível adotar a blockchain como alternativa válida e segura. A evolução tem sido rápida, e essa tecnologia deixa de ser apenas uma inovação para se tornar a base de operações mais eficientes, econômicas e transparentes”, finaliza Pedro Xavier.
Saiba mais sobre a Mannah: Fundada por Pedro Xavier e Christian Aranha, a Mannah é uma startup especializada em tecnologia Blockchain. A empresa tem como objetivo descomplicar a blockchain e mostrar ao mercado que ele vai além das criptomoedas – o ativo mais conhecido dos brasileiros – e democratizar o acesso a esta tecnologia, que tem potencial para transformar o mercado financeiro. A Mannah viabilizou, em parceria com a Hathor e a Acura, a tokenização de R$1 bilhão em precatórios, se tornando o maior RWA (ativos do mundo real) tokenizado na América Latina. Saiba mais em: Link