Regulador suíço impõe cálculo de risco de 800% para bancos que trabalham com criptomoedas

Os bancos devem armazenar mais capital para cobrir possíveis perdas

A FINMA, Autoridade de Supervisão do Mercado Financeiro Suíço, recentemente instruiu bancos nacionais que lidam com criptomoedas a aplicar uma ponderação de risco oito vezes maior que o valor de mercado para calcular possíveis prejuízos.

De acordo com a mídia, a FINMA também impôs um limite de 4% nas posições das criptomoedas como uma parcela do capital total retido pelos bancos. Estes deveriam reportar a autoridade caso o limite fosse atingido.

Embora a autoridade ainda não tenha se posicionado oficialmente sobre a regulamentação das moedas digitais na Suíça, muitos pontuam que a tendência é tratar a classe como “ativos de alto risco”.

“(Criptomoedas deveriam ter) um peso de risco fixo de 800% para cobrir os riscos de mercado de crédito”

O Bitcoin e demais criptomoedas perderam grande parte da notória volatilidade nos últimos meses. Entretanto, a FINMA ainda afirma que os ativos representam um enorme risco neste quesito.

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Sob a nova regulamentação, enquanto o Bitcoin é negociado em torno de US$6.400, um banco deve valorizá-lo em 800%, ou seja, mais de US$50.000, para calcular o valor ponderado de risco. A previsão é que os bancos armazenem maior quantidade de capital para cobrir possíveis perdas.

A FINMA ainda limitou a quantidade de negociações relacionadas aos ativos que um banco pode realizar e estipulou que moedas digitais não podem ser classificadas como ativos “altamente líquidos”.

Surpreendentemente, a notícia impulsionou um número cada vez maior de bancos. Um deles, o SEBA Crypto AG, arrecadou mais de US$103 milhões recentemente para criar uma estrutura contínua para mesclar serviços financeiros fiduciários e serviços financeiros relacionados à criptoativos.

Vale destacar que atualmente a Suíça é uma das jurisdições europeias mais “amigáveis” em relação aos ativos.

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FONTE: CCN

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Foto de Beatriz Orlandeli O autor:

Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.