Reino Unido desenvolve projeto de lei para inibir crimes utilizando as criptomoedas
Com base em uma regulamentação que ajudou a aplicar sanções à Rússia, Reino Unido, desenvolve projeto de Lei criptomoedas
O Reino Unido apresentou um projeto de lei para tornar mais fácil para as agências de aplicação da lei apreender, congelar e recuperar ativos digitais quando usados para atividades criminosas, como lavagem de dinheiro, drogas e crimes cibernéticos, disse o governo nesta quinta- feira (22).
O projeto de lei de Crime Econômico e Transparência Corporativa de 250 páginas, proposto pela primeira vez em maio, foi apresentado pelo Home Office (Ministério do Interior), Departamento de Negócios, Energia e Estratégia Industrial, Escritório de Fraude Grave e Tesouro e abrange mais do que apenas criptomoedas. Ele teve sua primeira leitura na Câmara dos Comuns na quinta-feira, com a segunda leitura marcada para 13 de outubro.
“Criminosos domésticos e internacionais, há anos lavam os lucros de seus crimes e corrupção abusando das estruturas das empresas do Reino Unido e estão usando cada vez mais criptomoedas”, disse Graeme Biggar, diretor-geral da Agência Nacional de Crimes, em comunicado. “Essas reformas — são muito esperadas e muito bem-vindas, nos ajudarão a reprimir ambos.”
Mesmo sem a conta, as autoridades não foram impotentes. A Polícia Metropolitana de Londres apreendeu um recorde de 180 milhões de libras esterlinas (US$ 200 milhões) em criptomoedas, vinculadas à lavagem de dinheiro internacional em julho do ano passado, após um roubo de 114 milhões de libras em junho, informou a BBC.
O projeto de lei foi projetado para se basear na Lei de Crimes Econômicos (Transparência e Execução) anterior, ajudou os reguladores a impor sanções contra a Rússia e congelar ativos relevantes no país. Os reguladores estão preocupados com o fato de alguns russos estarem usando criptomoedas para evitar sanções impostas após a invasão da Ucrânia.
No início deste mês, o Tesouro atualizou as orientações para que as exchanges de criptomoedas e os provedores de carteira relatassem suspeitas de violações de sanções, seguindo o exemplo de outras nações. Os EUA e a União Europeia também esclareceram que suas regras de sanção se estendem às criptomoedas.
O autor: Washington Leite
Formado em Administração de Empresas, sou entusiasta da tecnologia e fascinado pelo mundo das criptomoedas, me aventuro no mundo do trade, sendo um eterno aluno. Bitcoin: The money of the future