Relação entre criptomoedas e o crime: 3 riscos de atividades ilegais e como pode ser mitigado
Entender a relação entre o crime e as criptomoedas é muito importante para fazer bom uso das moedas digitais e evitar problemas no futuro. Porém, antes de entrar nesse assunto, é interessante conhecer o conceito de criptomoeda.
Ela nada mais é do que um tipo de dinheiro, assim como as outras moedas que existem no mundo, mas com a diferença de ser totalmente digital. Outra característica importante é o fato de não ser emitida por um governo, como no caso do real.
Para entender seu funcionamento, basta pensar nas mensagens eletrônicas. Antigamente, para se comunicar com alguém, as pessoas precisavam dos Correios para enviar uma mensagem, mas, hoje em dia, isso não é mais necessário por causa do e-mail.
Acredita-se que as moedas virtuais farão a mesma coisa no futuro, podendo transferir valores para qualquer indivíduo, em qualquer parte do mundo, sem precisar da intermediação de terceiros.
No entanto, ao mesmo tempo em que traz facilidade, pode representar alguns riscos, e é sobre eles que o artigo vai falar.
Ele vai mostrar como a natureza da criptomoeda está mais propensa a ser usada em crimes financeiros, quais são as medidas regulatórias para reduzir as atividades ilegais e como os investidores podem assegurar o mercado justo e seguro.
As criptomoedas e os crimes financeiros
A natureza das criptomoedas está mais propícia a ser usada em crimes financeiros porque as moedas digitais utilizam criptografia para assegurar as transações. Elas também são descentralizadas e sua regulamentação ainda é muito recente.
Em alguns países, essa regulamentação ainda é inexistente, além do mais, quando a criptomoeda surgiu, a intenção era que a transação acontecesse sem que outra empresa ou órgão governamental se envolvesse.
Se uma companhia que oferece aluguel de aspirador de secreção quiser fazer uma transação em criptomoedas, a confirmação deve vir de seus pares.
O problema é que, infelizmente, existem muitas pessoas e células criminosas que se apropriam dessas características para cometer crimes.
Medidas regulatórias contra atividades ilegais
O Senado aprovou o marco regulatório do mercado cripto para evitar crimes utilizando criptomoedas, entretanto, a ação precisa definir alguns aspectos para que possa se consolidar.
Mesmo assim, já existe uma proteção maior para o investidor, por meio de artigos que tipificam crime financeiro e exigências de instrumentos para prevenir lavagem de dinheiro.
O projeto também determina quais são os papéis dos prestadores de serviços, bem como suas obrigações em relação às criptomoedas.
A Europa já possui uma regulação para criptoativos com o objetivo de trazer mais estabilidade e segurança jurídica. O Brasil, por sua vez, possui monitoramento por parte da Receita Federal, mas ainda precisa evoluir muito no assunto.
Entretanto, além de prevenir crimes financeiros, essa ação vai estimular novos investimentos no país, além de aumentar a popularização do uso de criptomoedas.
Com isso, pessoas e organizações, como uma empacotadora de açúcar, poderão fazer investimentos com mais tranquilidade. Além do mais, medidas de controle e criminalização de práticas ilícitas vão reduzir a ação de players pouco profissionais.
Ao mesmo tempo, existe a necessidade de investir na educação e disponibilizar informações para a população sobre os criptoativos. São iniciativas que vão garantir um mercado saudável e seguro para empreendedores e consumidores.
As medidas visam responsabilizar e exigir do setor cripto uma supervisão de seus clientes, além de se atentarem às transações para assim prevenir crimes financeiros.
O marco regulatório de cripto já se mostra como um passo muito importante na chamada criptoeconomia. Uma regulamentação local vai penalizar golpes e crimes relacionados às moedas virtuais.
Também abre oportunidades para que pessoas que ainda não fazem parte desse ecossistema, por desconhecimento ou desconfiança, possam se interessar mais pelo assunto e fazer seus investimentos.
Mais do que evitar crimes, investidores interessados, como uma escola que oferece curso de cuidador de idosos presencial, poderão ter mais clareza e transparência em suas ações de investimento.
Como assegurar um mercado justo?
Os participantes do setor podem garantir um mercado mais justo e seguro para todos os stakeholders, como:
- Empresas;
- Pessoas;
- Investidores;
- Plataformas.
É crucial pensar sobre isso porque o crescimento do mercado de cripto está trazendo também mais maturidade. Entretanto, um dos maiores riscos atuais é o fato de um código de uma iniciativa apresentar algum bug que possa ser aproveitado.
Trata-se de uma questão muito importante em qualquer protocolo, mesmo que sejam oferecidas soluções em finanças descentralizadas, onde o investidor pode colocar tokens para render juros ou pegar empréstimos.
Se houver algum tipo de falha no código, todo o dinheiro depositado na plataforma pode ser drenado em segundos. Com base nisso, se uma empresa de manutenção de jardim quiser fazer esse tipo de investimento, preciso de um seguro.
O problema é encontrar uma corporação que disponibiliza esse serviço, isso porque ele costuma ser disponibilizado por uma estrutura que corre muitos riscos.
Em outras palavras, de nada adianta ter um seguro se ele não puder ajudar, caso alguma coisa aconteça. No entanto, existem algumas opções que asseguram contra bugs de códigos, conhecidos como falhas no smart contract.
Um deles funciona como uma estrutura descentralizada que divide os riscos, atuando como se fosse uma cooperativa de risco descentralizada. A organização possui determinado capital e conta com o capital de terceiros.
Ele é depositado e recebe parte do prêmio pago por alguém que queira comprar o risco de uma plataforma.
Os seguros são oferecidos em diferentes prazos, com preços que variam, considerando o protocolo e sua avaliação de risco.
Os pedidos de pagamentos podem ser feitos pelos segurados diretamente na plataforma e a validação depende de um conjunto de investidores, como um negócio que trabalha com instalação de fachada de loja de roupas femininas.
Esses investidores possuem incentivos alinhados ao futuro da própria plataforma e podem ser penalizados se a votação estiver contrária ao resultado da maioria.
Atualmente, existem dois modelos principais de seguro no mercado financeiro. Um deles funciona por meio de uma empresa centralizada que recebe os prêmios e garante o capital necessário para pagar o segurado, caso algum incidente ocorra.
O outro modelo, por sua vez, é muito alto, ou seja, uma cooperativa de risco em que diferentes agentes se unem para dividir os riscos entre eles.
Nesse caso, o objetivo não é obter lucro, mas fazer com que o risco seja muito grande para que um único indivíduo possa ser diluído na cooperativa. Entretanto, a forma de atuação em relação aos prêmios e sinistros é muito similar nos dois casos.
Um fabricante de afastador labial clareamento pode contar com uma dessas empresas porque ela é registrada como mutual na Inglaterra, e para adquirir o seguro, é necessário ser membro.
Para se tornar membro, o usuário faz um cadastro e se identifica, tudo dentro de um processo rápido e fácil. Mas também existem iniciativas descentralizadas que adotam um modelo de gestão de risco via portfólio.
Nesse sentido, o investidor não precisa alocar capital, e para garantir determinado protocolo, trabalha com o portfólio diversificado e o algoritmo determina o quanto será disponibilizado para cada um, de maneira individual.
Para fazer um seguro dessa forma, não é necessário ser associado ou fazer cadastro, basta indicar a chave pública para qual o investidor quer fazer o seguro.
Se for o caso de uma distribuidora de porta etiqueta acrílico, é importante que ela tenha cuidado e atenção porque esta opção é mais nova, embora tenha passado por alguns testes importantes.
Os testes provaram que os seguros conseguem lidar contra a perda de paridade do UST, um ecossistema que colapsou em maio de 2022.
Na época, o processo de sinistro foi levantado pelos detentores do seguro e a plataforma pagou todos aqueles que comprovaram devidamente o prejuízo.
Ambas as opções disponibilizam em seus sites algumas estatísticas sobre os seguros pagos e o quanto possuem de valores segurados no total por plataforma. Tudo pode ser analisado de maneira bem simples.
Além do mais, nas duas opções, uma empresa de portaria e recepção pode encontrar custos de seguro variados, portanto, vale a pena analisar com calma o que está sendo segurado.
Ao contrário do que acontece no mercado tradicional de seguros, como no caso de veículos e residências, trata-se de um mercado ainda informação, então é fundamental compreender bem o seguro que está sendo adquirido.
É válido lembrar, também, que o mercado de cripto é muito pequeno, embora esteja crescendo exponencialmente.
Considerações finais
Como foi possível ver ao longo deste conteúdo, investir em criptomoedas se tornou algo atraente para muitas pessoas e empresas, dos mais variados segmentos de atuação.
É fundamental estar atento às características desse investimento para fazer bons negócios e evitar perdas.
Também é imprescindível conhecer as medidas tomadas para evitar crimes com criptomoedas e com isso proteger o patrimônio.
Os investidores também podem contar com seguradoras que protegem seus recursos, embora os serviços ainda sejam limitados por ser um mercado que ainda está crescendo.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.