Rocelo Lopes fala sobre a disputa Brasil x Argentina pela liderança do cripto setor na América Latina
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Em uma conversa com o Webitcoin, Rocelo Lopes, CEO da Stratum Blockchain Technology, falou sobre a corrida pela liderança do cripto setor na América Latina – atualmente disputada por Brasil e Argentina.
Rocelo afirmou que, “sem dúvidas”, os dois países de maior expressão na América Latina quando se trata de criptomoedas são Brasil e Argentina. De acordo com ele, os hermanos estão vencendo a briga, por terem uma sólida fundação na organização Bitcoin Argentina.
“Eles fazem um trabalho muito bom, são bem organizados, e isso está motivando o país a desenvolver mais coisas.”
Ele ressalta que, apesar de estar na frente, a Argentina enfrenta o mesmo problema encontrado por diversos outros países: encerramento de contas bancárias, resistência dos bancos, etc. A diferença, segundo Rocelo, é que os argentinos possuem um espírito de luta maior, além do governo ser um pouco mais maleável.
“O argentino não é como o brasileiro, que concorda com o que o governo fala. Não é porque a Receita Federal falou que está tudo bem. Lá eles brigam mais pelos direitos deles, eles tentam fazer mais.”
Mas não só a parte subjetiva coloca a Argentina na frente. O CEO da Stratum comenta que o país exporta muitos programadores na área de blockchain, que além de se qualificarem para trabalhar com a tecnologia, se especializam no inglês – justamente para desbravar o mercado internacional. Já no Brasil, de acordo com ele, os desenvolvedores ainda não entenderam que há um amplo oceano a ser explorado.
“Pode ter certeza que, para uma empresa como a Binance ter interesse na Argentina, eles viram que há possibilidades. O país está crescendo, exporta diversos produtos, tem uma flexibilidade maior do que o Brasil e isso faz com que a região cresça.”
Ele completa:
“Acho que o ponto mais forte na disputa é o pessoal da Bitcoin Argentina, que realmente tem feito um trabalho sensacional. A LaBitConf é organizada por eles, e é um dos maiores eventos do planeta em termos de criptomoedas. Eles têm levado isso muito a sério. Eu tenho estado bem próximo deles e vejo que, realmente, na Argentina é muito mais fácil aumentar a adoção do que no Brasil. O volume de Bitcoin no Brasil é muito maior, mas a quantidade de pessoas utilizando na Argentina supera. No Brasil, o Bitcoin ainda é muito voltado à especulação.”
Rocelo encerra a conversa demonstrando seu otimismo em relação à Binance ou outra grande cripto empresa tendo interesse em dialogar com o Brasil, afirmando que caso isso aconteça, será possível conversar diretamente e apresentar disponibilidade.