Ronin, de Axie Infinity, tem mais transações que a rede do Ethereum
As informações foram passadas pela empresa responsável pelo game; plataforma está registrando muito mais informações que o Ethereum.
Sucesso
Segundo relatório publicado pela Nansen, empresa por trás de Axie Infinity, jogo NFT mais popular do mundo, as transações na Ronin sidechain, utilizada para realizar as movimentações de tokens do jogo, registraram 560% mais transações que a própria rede do Ethereum em novembro do ano passado.
De acordo com Martin Lee, pesquisador da Nansen, o sucesso da Ronin se deve ao seu uso focado no projeto:
“Várias blockchains, querendo ou não, precisarão especializar-se. Ainda que criadores não tenham planos para isso, desenvolvedores serão forçados a seguir caminhos diferentes, puramente por conta das diferenças que cada rede possui – desenvolvedores vão se unir a outros desenvolvedores por razões específicas.”
Muitos jogadores
Axie Infinity é um jogo NFT “play to earn”, ou seja, é preciso jogar para lucrar. Ele possui cerca de 2,8 milhões de jogadores ao redor do mundo.
Cerca de 40% dos jogadores são das Filipinas, país vítima de uma recente tragédia ambiental. Um tufão teria deixado pelo menos 375 mortos e dezenas de desaparecidos. Além disso, 400 mil pessoas tiveram de abandonar seus lares devido ao incidente.
Pouco tempo depois do ocorrido, o número de endereços ativos em Axie Infinity caiu 76%.
Farpada no Ethereum
Segundo Lee, o modelo de taxas utilizado atualmente pelo Ethereum inviabiliza pequenas transações, o que espanta novos usuários:
“Taxas de gás no Ethereum giram entre 50-100 gwei, tornando micro transações inviáveis. Ronin, por outro lado, oferece 100 transações gratuitas diárias. No futuro, haverá uma pequena taxa quando o token $RON for lançado, mas provavelmente será inferior a um dólar.”
Por fim, Lee afirma que o projeto Ronin ainda está em estado inicial – portanto, é cedo para afirmar se a Ronin se tornará a plataforma blockchain preferida dos NFT gamers.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.