Muitas coisas podem mudar no cotidiano brasileiro; entenda de que forma você proteger seu patrimônio.

Consequências

O conflito entre Rússia e Ucrânia revoltou grande parte do mundo; uma guerra movida sem provocações e por motivos estratégicos, uma vez que, ainda que o governo russo sofra sanções do mundo ocidental, ele será capaz de reerguer-se sem grandes problemas.

Muitas coisas podem mudar na vida dos brasileiros. Conheça algumas delas:

Petróleo

A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo. Como era de se esperar, a guerra vai atrapalhar as exportações do produto; com isso, os barris tendem a ficar mais caros para o mundo ocidental.

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De acordo com a Forbes, os preços dos petróleos Brent e WTI atingiram seu maior valor desde 2014; caso o conflito seja prolongado, espera-se que os valores continuem subindo. Isso significa preços ainda mais elevados nos postos de gasolina e em produtos derivados do petróleo;

Gás natural

O Brasil possui autossuficiência em gás natural, mas isso não significa que seus preços não irão sofrer com a guerra: a Rússia é o maior fornecedor da commodity na Europa (cerca de um terço da demanda total).

Com a redução da oferta, o mercado pode enfrentar alta nos preços do gás natural;

Alimentos

Grande parte dos fertilizantes utilizados pelo agronegócio brasileiro vem da Rússia. Com a alta do gás natural, utilizado para produzir o insumo, certamente os negócios do campo irão repassar os custos aos consumidores.

Como proteger seu dinheiro?

Mais do que nunca, as criptomoedas mostram sua resiliência perante graves crises. O Bitcoin, por exemplo, mostrou incrível performance em sua valorização durante a pandemia do coronavírus.

O controle inflacionário de moedas fiduciárias é incrivelmente difícil, pois depende da competência (ou a falta dela) das instituições governamentais; por outro lado, os ativos digitais e descentralizados mostraram uma resiliência não vista por nenhum ativo emitido e controlado por banco central.

Diversificar seu portfólio é fundamental: afinal, tanto o Bitcoin como as principais altcoins são bastante reativos no início de qualquer crise – ainda que os efeitos, em geral, sejam de curtíssimo prazo.

Por meio das criptomoedas, você não será vítima de um confisco repentino, tal como aconteceu durante o governo Collor; apenas você é o responsável pelo gerenciamento de sua riqueza.

O autor: Rafael Motta

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.