Sam Altman, CEO da OpenAI, anuncia planos ousados para o ChatGPT-5

Copia de Contra Capa 4 7

Nova versão do ChatGPT se aproxima

O CEO da OpenAI, Sam Altman, anunciou um novo e ambicioso plano para simplificar suas ofertas de produtos, unificando vários modelos de inteligência artificial em um único sistema abrangente. Essa iniciativa, que remete ao famoso apelo de Steve Jobs por simplicidade no design, reflete a intensificação da competição no setor de IA, especialmente em resposta ao lançamento do modelo gratuito e de código aberto da concorrente chinesa DeepSeek, que chamou a atenção global.

Atualmente, os produtos da OpenAI são segmentados: o GPT é usado para tarefas criativas de linguagem, o modelo “o” para raciocínio, o “Dall-e” para geração de imagens e o “GPT-Vision” para compreensão visual. O plano de Altman visa unificar esses modelos no futuro GPT-5. Este novo sistema será capaz de lidar com tarefas de texto, raciocínio, criatividade, processamento visual e mais, sem exigir que os usuários escolham um modelo específico para cada necessidade.

Altman também introduziu o “Deep Research”, um novo recurso do ChatGPT projetado para automatizar pesquisas profundas na web e a geração de relatórios, voltado para profissionais de áreas como finanças e políticas públicas. Esse recurso, atualmente disponível para assinantes Pro, faz parte da estratégia da OpenAI de oferecer um sistema de serviços por camadas. Embora uma versão gratuita do GPT-5 esteja acessível a todos os usuários, empresas poderão acessar soluções de IA de alta performance por meio de planos de assinatura.

O apelo de Scarlett Johansson

Contudo, o rápido avanço da IA também traz riscos, como demonstrado por eventos recentes de uso indevido da tecnologia. Scarlett Johansson, uma crítica vocal de deepfakes, renovou seu pedido por regulamentação de IA nos EUA após a divulgação de um vídeo viral. O vídeo, que apresentava representações geradas por IA de Johansson e outras celebridades, foi uma resposta ao polêmico comercial de Kanye West no Super Bowl e trazia uma mensagem contra o antissemitismo. Apesar de seu conteúdo anti-ódio, o realismo das imagens confundiu muitos espectadores, ressaltando os perigos potenciais do conteúdo gerado por IA.

Johansson destacou que, embora condene discursos de ódio, a capacidade da IA de amplificar conteúdos prejudiciais representa uma ameaça ainda maior à sociedade. “Precisamos denunciar o uso indevido da IA, independentemente da mensagem, ou corremos o risco de perder a noção da realidade”, alertou.

Essa não é a primeira batalha de Johansson contra a IA. Ela já lutou contra deepfakes pornográficos que utilizavam sua imagem e entrou com uma ação legal após um assistente de voz do modelo GPT-4o da OpenAI soar incrivelmente parecido com sua voz. Em sua declaração mais recente, Johansson pediu ao governo dos EUA que priorize a regulamentação do uso da IA.

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Foto de Marcelo Roncate O autor:

Redator desde 2019. Entusiasta de tecnologia e criptomoedas.