Saylor aponta avanço bancário como motor do Bitcoin
O Bitcoin pode alcançar novos patamares nos próximos anos, segundo Michael Saylor, graças a uma transformação estrutural no sistema bancário dos EUA. O executivo afirma que a força responsável por impulsionar o ativo não virá de ciclos especulativos ou do varejo, mas sim da integração crescente do Bitcoin à infraestrutura financeira tradicional.
Mudança estrutural fortalece uso institucional
Saylor destaca que, durante mais de uma década, o preço do Bitcoin reagiu a negociações de curto prazo, alavancagem e variações de sentimento. Esses fatores criaram volatilidade elevada. No entanto, o executivo acredita que o ativo inicia uma nova fase, impulsionada pela entrada gradual de bancos regulados na custódia e no uso direto da moeda digital.
Segundo ele, a presença do Bitcoin em estruturas de custódia de instituições tradicionais altera a dinâmica do mercado. Além disso, o ativo passa a ser avaliado por utilidade e potencial de colateralização. Assim, sua adoção deixa de depender do comportamento de traders e passa a se alinhar a estratégias de capital de longo prazo.
Um dos avanços mais relevantes é a oferta inicial de empréstimos colateralizados em Bitcoin por grandes bancos dos EUA. Esse movimento indica que o ativo se consolida como garantia financeira, exigindo padrões sólidos de custódia e liquidez. Portanto, sua utilidade cresce no ambiente bancário, o que também reforça sua capacidade de preservar valor.
Quando incorporado a operações de tesouraria e estruturas de crédito, o Bitcoin atrai capital institucional que segue regras rígidas de conformidade. Esse fluxo tende a ser constante e pouco influenciado por oscilações diárias. Dessa forma, há absorção contínua de oferta, o que fortalece o mecanismo de escassez do ativo.
Adoção bancária amplia demanda institucional
Saylor acredita que 2026 marcará o momento em que esse impacto ficará totalmente claro. Ele cita instituições como Charles Schwab e Citigroup, que planejam oferecer serviços como custódia do ativo. A custódia amplia o acesso ao Bitcoin para segmentos de mercado que historicamente não podiam operar com ele, incluindo gestão de patrimônio e tesourarias corporativas.
Com mais serviços disponíveis, investidores institucionais ganham espaço para participar do mercado, pressionando positivamente a demanda. Além disso, essa participação reduz a influência de operações altamente alavancadas e estratégias especulativas. Assim, o preço do ativo tende a refletir a acumulação constante em balanços corporativos e bancários.
De acordo com Saylor, a combinação entre empréstimos colateralizados, serviços de custódia e estratégias institucionais cria um novo padrão estrutural. Como resultado, o Bitcoin passa a operar dentro de sistemas financeiros robustos, reduzindo sua dependência de ciclos especulativos tradicionais. Além disso, essa integração bancária tende a ficar mais visível conforme mais instituições ampliam sua atuação no setor.