SEC denuncia produtor de conteúdo cripto por promoção ilegal de ICO
O usuário promoveu um projeto cripto ao longo de 2018, mas não divulgou aos investidores que foi compensado pelo emissor
Cripto na mira dos EUA
Ian Balina, produtor de conteúdo digital sobre criptomoedas, foi autuado pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).
Trata-se da campanha para venda de tokens Sparkster (SPRK), iniciada em 2018. A plataforma em questão promete o desenvolvimento de softwares sem conhecimento prévio em programação ou infraestrutura blockchain, além de dezenas de milhões de transações por segundo.
Em julho de 2018, a ICO conseguiu juntar US$ 30 milhões em financiamento. Entretanto, segundo a SEC, o produtor de conteúdo “falhou em apresentar uma declaração de registro para os tokens que ele revendeu por meio de uma pool de investimentos que ele organizou”.
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Como tudo começou?
Balina concordou em investir US$ 5 milhões na Sparkster, além de promover os tokens do projeto em seu canal do YouTube, bem como em suas outras redes sociais. Além disso, ele recebeu um bônus de 30% sobre os tokens SPRK comprados durante a ICO. Porém, Balina nunca revelou a comissão recebida pela plataforma, segundo a SEC.
Ainda de acordo com a autarquia, os tokens negociados durante a ICO são securities – ou seja, são interpretados como uma ação de empresa; logo, estariam sob a jurisdição dos reguladores.
Em sua página, Balina se autointitula como “um influente investidor cripto e blockchain, além de conselheiro e evangelista”. Ele afirma ter ficado milionário com criptomoedas e presta consultoria a terceiros para ajudá-los a capitalizar dentro do mundo descentralizado.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.