Seguindo a China, Irã proíbe a mineração de Bitcoin

Irã já chegou a corresponder por 3,4% do poder global de mineração de Bitcoin

O Irã seguiu os passos da China ao se mover para proibir a mineração de Bitcoin e criptomoedas no país. Isso ocorre depois de uma série de apagões nas principais cidades do país, no mais recente sinal de crescente preocupação com o uso de energia do principal ativo digital.

A proibição entra em vigor imediatamente e vai durar até 22 de setembro, disse o presidente Hassan Rouhani à TV estatal na quarta-feira.

Isso segue uma proibição regional da maior mineradora de Bitcoin, a China, e da fabricante de carros elétricos Tesla, em uma decisão de parar de vender carros para quem quisesse pagar com BTC. Ambos citaram preocupações ambientais, provocando uma queda no valor do Bitcoin a partir do recorde de abril de $ 64.863,10.

As autoridades iranianas culpam o aumento da mineração de criptomoedas, bem como o aumento da manufatura e uma queda no fornecimento de hidroeletricidade pelos apagões que estão causando estragos nas empresas e na vida diária.

O governo já havia reprimido 85% da mineração que não é licenciada, por meio de espiões alistados para localizar mineradores que escondem computadores em todos os lugares, desde casas até mesquitas. Os preços subsidiados da energia permitem que as mineradoras operem os computadores complexos que competem para resolver problemas matemáticos e receber Bitcoin como recompensa.

A Universidade de Cambridge estima que o Irã foi o lar de 3,4% da mineração de Bitcoin nos primeiros quatro meses de 2020, colocando-o em sexto lugar globalmente, com a China bem na frente com 69,3%. Outra estimativa da empresa de análise Elliptic coloca a participação da República Islâmica em mais de um ponto percentual.

O Bitcoin está sendo negociado atualmente por $ 39.450, com alta de 5,62% nas últimas 24 horas.

Fonte: Nairametrics

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Foto de Marcelo Roncate O autor:

Redator desde 2019. Entusiasta de tecnologia e criptomoedas.