Seriado The Blacklist aborda uso ilícito de criptomoedas e lavagem de dinheiro com Bitcoin

A série The Blacklist apresenta “The Cryptobanker”, que utiliza Bitcoin para chantagear corporações e lavar dinheiro com criptomoedas.

Por ser uma moeda totalmente digital e de grande aceitação, além de permitir certa privacidade ao dono, boa parte das pessoas acreditam que o Bitcoin seja muito utilizado para coisas ilícitas e/ou ilegais.

Mas… será mesmo?

Focando nessa temática, recentemente o seriado The Blacklist, no episódio 10 da sexta temporada, apresentou o “Cryptobanker”, um bandido que chantageia corporações e exige o pagamento em Bitcoin. Ao longo do episódio ele hackeia o marca-passo da filha do CEO de uma empresa e utiliza o artifício para conseguir milhões de dólares em criptomoedas.

No desenrolar da história, o CEO se une ao FBI e descobre que o criminoso realiza lavagem de dinheiro para grandes cartéis e traficantes, que utilizam a criptomoeda para o anonimato.

O episódio também fala sobre a tecnologia blockchain e como ela aumenta a transparência entre as transações, consequentemente facilitando o rastreio da fonte de origem.

Bitcoin e a lavagem de dinheiro

Estudos realizados pela empresa Cipher Trace (Silicon Valley) mostram que criminosos usaram mais de U$2,5 bilhões em Bitcoin para lavar dinheiro nos últimos 10 anos. Foram analisadas 45 milhões de transações até chegarem nesse valor. Essas transações poderiam vir tanto de sites no mercado negro quanto através de extorsões, malwares, serviços e financiamento ao terrorismo.

A maioria dos criptocriminosos ou cybercriminosos confia que estas transações sejam irrastreáveis, o que não é o caso. Na verdade, é relativamente fácil para as autoridades rastrearem as transações e identificarem os responsáveis, visto que a maioria das criptomoedas não são anônimas.

Para tentar despistar processos de rastreamento, muitos cibercriminosos utilizam “tumblers”: laranjas que cobram um percentual do valor para misturar e dividir as criptomoedas em vários locais, e depois uni-las em uma única carteira virtual, na Deep Web. Neste caso eles misturam criptomoedas legais e ilegais, criando uma certa dificuldade para se chegar à fonte original. Ainda assim, os métodos existentes atualmente não são totalmente irrastreáveis.

Criptomoedas em Hollywood

Aparentemente os ativos digitais estão atraindo muita atenção no ecossistema televisivo.

Recentemente o WeBitcoin noticiou que neste ano será produzido o primeiro filme sobre criptomoedas, também abordando a lavagem de ativos. A produção conta com um grande elenco, incluindo Alexis Bledel e Beau Knapp.

“As criptomoedas capturaram a atenção e imaginação dos consumidores e empresários de todo o mundo, mas nunca foram exploradas em um filme de forma tão profunda e excitante,” afirmou o co-produtor Jordan Levine.

Foto de Beatriz Orlandeli
Foto de Beatriz Orlandeli O autor:

Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.