Stellar lança stablecoins próprias para Brasil e Argentina

Uma parceria entre a Settle Network e a Stellar deve tornar as coisas mais fáceis para a Brasil e Argentina.

Em um mundo onde os bancos podem fazer transações internacionais muito lentas, se não totalmente difíceis, as tecnologias de blockchain podem fornecer uma alternativa segura, rápida e eficiente para o envio de dinheiro. No entanto, a volatilidade associada às criptomoedas torna-as um pouco assustadoras para a maioria da população mundial.

Com isso em mente, Settle Network e Stellar estão emitindo duas stablecoins na América Latina, Brasil e Argentina. O ARST está vinculado ao peso argentino, enquanto o BRLT está vinculado ao real brasileiro.

Settle Network é a maior rede de liquidação de ativos digitais na América Latina para pagamentos de câmbio e internacionais, enquanto Stellar é uma blockchain criada pelo cofundador da Ripple, Jed McCaleb, para fornecer uma infraestrutura capaz de conectar instituições financeiras por meio de pagamentos em criptomoedas.

O anúncio das stablecoins foi feito em 19 de novembro durante a conferência Stellar’s Meridian.

Mas por que criar stablecoins de moedas tão prejudicadas quanto o peso argentino e o real brasileiro, que perderam respectivamente 30% e 20% de seu valor em relação ao dólar no ano passado?

Por um lado, trading. Os usuários podem ter uma maneira mais fácil de movimentar seus fundos entre as exchanges, fazendo com que seu dinheiro seja executado em uma blockchain. Isso evita quaisquer procedimentos complexos envolvidos na realização de transações fiat-para-cripto.

Mas as transferências parecem ser o foco principal da Settle Network.

“A nova Settle Network e Stellar stablecoins, ARST e BRLT, permitem aos usuários enviar virtualmente Pesos Argentinos (ARS) e convertê-los para Reais Brasileiros (BRL) em questão de segundos, abrindo um novo mundo de possibilidades para remessas internacionais e transfronteiriças”, disse Pablo Orlando.

Embora as economias argentina e brasileira tenham sido duramente atingidas pela pandemia do coronavírus, a ação da Settle Network é estratégica no médio prazo – Brasil e Argentina são as duas maiores economias da América do Sul.

No entanto, as grandes burocracias e a desigualdade social prevalecente na região levaram a uma porcentagem substancial da população a não ter conta bancária. Pesquisa da empresa brasileira FinTech Airfox revelou que aproximadamente 44% da população total do Brasil não possui conta em banco. CashEssentials estima que 52% dos argentinos não têm banco.

Se essa parceria entregar e ajudar as pessoas a enviar dinheiro com apenas um clique, um grande mercado pode estar prestes a abrir suas portas para remessas criptos.

Fonte: Decrypt

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Foto de Bruno Lugarini O autor:

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.