Suprema Corte Indiana dá prazo de duas semanas para que o governo crie diretrizes para criptomoedas

A decisão foi tomada após semanas de adiamentos

Após quase dois meses de atrasos, a Suprema Corte indiana levantou o caso contra a proibição bancária de criptomoedas e estipulou um prazo de 2 semanas para que o governo arquive um depoimento sobre o tópico.

Inicialmente, a corte planejava ouvir as petições contra a proibição imposta pelo Reserve Bank of India (RBI), em setembro. Entretanto o caso foi repetidamente adiado, até que nesta quinta-feira, 25 de outubro, foi novamente levantado e colocado em pauta.

De acordo com Nischal Shetty, CEO da Wazirx, companhia indiana de criptografia, o governo havia criado um comitê para atender as demandas do setor. Entretanto, nenhum relatório foi apresentado até o momento.

Segundo Shetty, o comitê deve enviar um relatório ao tribunal para que todos vejam, ou informar sobre as decisões tomadas em relação às criptomoedas.

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Subsash Chandra Garg, líder do comitê, declarou anteriormente que as diretrizes dos criptoativos estariam prontas em setembro. No entanto, relatórios apontam que não haverá conclusão até o final do ano.

Em abril, o RBI emitiu uma circular proibindo instituições financeiras  de fornecer serviços para empresas relacionadas a criptomoedas. Logo em seguida, diversos participantes do setor entraram com petições contra a medida, que entrou em vigor em junho.

Posteriormente, os bancos indianos se recusaram a manter negócios com as exchanages, levando várias delas a desenvolverem a própria solução para contornar a proibição.

Ontem, o WeBitcoin noticiou que a presidente da Nasscom, influente indústria de TI indiana, declarou que criptomoedas são “claramente ilegais”.

Recentemente o cofundador da Unocoin foi preso por operar um terminal ilegal de Bitcoin no país. De acordo com outro fundador, o terminal estava inativo por ainda estar em fase de teste.

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FONTE: BITCOIN.COM

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Foto de Beatriz Orlandeli O autor:

Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.