Tecnologia blockchain na solução de conflitos trabalhistas brasileiros
O uso da tecnologia blockchain é anunciado junto com o surgimento de uma entidade pioneira. Uma Câmara de mediação reúne entidades patronal e laboral
Um comunicado oficial de imprensa divulgado pelo Cointelegraph anuncia uma interessante iniciativa no Brasil. Está sendo lançada a Câmara Intersindical de Mediação de Conflitos (Cimec). A entidade é uma parceria entre o Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Carga e Logística do Estado de São Paulo (SINDICOMIS) e a Federação dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio (FEAAC). Como objetivo da iniciativa que agrega os órgãos laboral e patronal, é anunciado o uso da tecnologia blockchain na solução de conflitos trabalhistas.
De acordo com a matéria do Cointelegraph, a entidade é pioneira no país. Além disso, o portal de notícias crypto cita como o comunicado da Cimec adianta a dinâmica de trabalho. No caso, por exemplo, de um trabalhador ou empresário discordar de um cálculo rescisório, a Câmara pode ser acionada. Então, será marcada uma audiência de conciliação, que, ao invés de ser conduzida por um juiz, ficará sob a condução de um mediador.
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O papel do blockchain e a eliminação de gargalos
O importante papel do blockchain surge justamente no registro. Tudo que é discutido, durante o encontro de conciliação, fica gravado na rede distribuída. Dessa forma, não é necessário que o encontro seja presencial. É possível, até mesmo, ouvir as partes em momentos separados, contando com a transparência e o registro público do blockchain. O suporte tecnológico é do projeto Hyperledger, por mei da IBM.
Outro norte da Cimec, ainda de acordo com o Cointelegraph, é desafogar a justiça trabalhista brasileira. Nosso país é recordista em demandas judiciais da área. O comunicado da Câmara Intersindical de Mediação de Conflitos reforça que são conduzidas, 98% de todas as demandas trabalhistas do planeta. Isso apesar de a população brasileira somar apenas 3% do total mundial.
COM INFORMAÇÕES DE: COINTELEGRAPH
Jornalista desde sempre interessada pelos canais digitais, tem se dedicado à estratégia e produção de conteúdos. Em 2018, se aproximou da temática das criptomoedas e atua como redatora de projetos do mercado financeiro digital.