A história do Telegram, da blockchain TON e do token Gram permanecerá um marco na história das criptomoedas.

O token Gram do Telegram teve seu lançamento interrompendo quando estava muito próximo de seu lançamento devido à hostilidade da SEC. Em 12 de maio de 2020, o próprio Pavel Durov anunciou que a jornada do Gram e TON terminava ali porque a SEC dos EUA não queria que o Telegram vendesse seus tokens dentro ou fora dos EUA. Esta foi a pedra da morte do projeto. Além disso, o Telegram também teve que pagar uma multa de US$ 18,5 milhões pela ICO, com a qual levantou fundos para financiar sua iniciativa.

Este evento é uma reminiscência do que está acontecendo hoje com o XRP, que enfrenta um processo da SEC. A Ripple pagou muito por essa escolha, com seu token tornando-se vítima da volatilidade e de várias exchanges que decidiram retirá-lo de circulação.

Dados esses dois eventos, o poder da SEC em determinar a vida ou a morte de um projeto cripto é inegável.

De qualquer forma, em julho, o Telegram desativou a blockchain TON. No entanto, há na verdade outro projeto com o seu nome. É chamado de FreeTON. O que isso tem em comum com o TON? Nada, exceto o nome.

Embora Pavel Durov tenha instado as pessoas a serem cautelosas com projetos semelhantes que podem acabar sendo golpes, o TON era um projeto de código aberto e o FreeTON continua seu caminho a partir dele. O FreeTON reuniu uma comunidade de 10.000 entusiastas que assinaram a declaração de descentralização, o white paper do projeto.

O objetivo é construir um ecossistema de internet descentralizado, cumprindo a missão dos irmãos Durov, por meio de um protocolo escalonável e capaz de ser utilizado por milhões de pessoas. No white paper, eles propõem o uso de contratos inteligentes para construir ferramentas para desenvolvedores e usuários, promover o livre comércio e oportunidades iguais em um ambiente resistente à censura.

O que falta ao FreeTON é o Telegram, a conexão com um aplicativo massivo que poderia espalhar o projeto. FreeTON também emitiu seu próprio token, TON Crystal.

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Sem TON e Gram, o Telegram será um serviço pago

Dito isso, a blockchain original não está mais em operação e o Gram nunca será emitido.

E o Telegram está evoluindo para se tornar um serviço pago. Na verdade, nos últimos dias, Pavel Durov anunciou que seu aplicativo terá uma versão “pro”, mas o coração do aplicativo, as mensagens, permanecerá gratuito. Porém, uma plataforma de publicidade será implementada.

Pavel Durov explicou:

“Se o Telegram começar a ganhar dinheiro, a comunidade também deve se beneficiar. Por exemplo, se monetizarmos grandes canais públicos um-para-muitos por meio da Plataforma de Anúncios, os proprietários desses canais receberão tráfego gratuito em proporção ao seu tamanho. Ou, se o Telegram introduzir adesivos premium com recursos expressivos adicionais, os artistas que fizerem adesivos desse novo tipo também receberão uma parte do lucro. Queremos que milhões de criadores do Telegram e pequenas empresas prosperem, enriquecendo a experiência de todos os nossos usuários. Esse é o jeito do Telegram ”.

Por que tudo isso? Durov acrescenta:

“Isso nos permitirá continuar inovando e crescendo nas próximas décadas. Seremos capazes de lançar inúmeros novos recursos e receber bilhões de novos usuários. Ao fazer isso, permaneceremos independentes e fiéis aos nossos valores, redefinindo como uma empresa de tecnologia deve operar ”.

Entre esses valores está o de não estar à venda. Durov afirmou isso repetidamente. Isso significa que o Telegram permanecerá um tanto independente e certamente afastado dos grandes gigantes da tecnologia que têm um fator em comum: operar nos Estados Unidos.

Fonte: Cryptonomist

O autor: Bruno Lugarini

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.