Terra (LUNA) tinha US$ 3,6 bi para manipular preços, segundo estudo
Diversas acusações estão sendo feitas contra a plataforma desde seu colapso; stablecoins seriam usadas para fomentar atividades ilegais.
Acusações contra Terra (LUNA) aumentam
De acordo com pesquisa realizada pela CoinDesk Korea, membros da Terra (LUNA) juntaram cerca de US$ 3,6 milhões em stablecoins para manipular os preços no mercado.
O projeto, fundado por Do Kwon, teria acumulado a quantia em UST e USDT não só para manipular os preços, como para lavagem de dinheiro. Os fundos seriam utilizados em exchanges centralizadas (CEX) e descentralizadas (DEX).
Para realizar a pesquisa, a CoinDesk Korea uniu forças com a Uppsala Security, empresa especializada em análise forense on-data.
Sendo assim, há grandes chances de que o colapso do token UST, stablecoin nativa da blockchain Terra, tenha sido orquestrado pelos próprios responsáveis do projeto.
Funcionamento do esquema
Conforme o artigo explica, Do Kwon liberou detalhes de utilização sobre Terra (LUNA), UST e Bitcoin (BTC) por meio da Terra Foundation, empresa por trás do projeto. Caso houvesse disparidade no valor da stablecoin, os fundos seriam utilizados para regular os preços.
Porém, analistas descobriram que a fonte dos fundos, bem como o histórico de movimentações, são nebulosos. Não se sabe se as carteiras utilizadas são de propriedade direta ou gerenciadas pela empresa.
Com isso, os especialistas afirmam que o saldo pode ser utilizado para manipular o mercado ou mesmo criar iniciativas de lavagem de dinheiro da antiga LUNA (agora LUNC).
O estudo não para por aí: agora é a hora de verificar as movimentações realizadas em exchanges centralizadas, como Binance, Coinbase e Huobi.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.