Terreno virtual: 4 dicas a serem consideradas antes da compra
Seguindo a tendência virtual, vamos olhar para essas 4 dicas antes de iniciarmos qualquer negociação de terreno no metaverso
O metaverso, que busca unir os mundos real e virtual, ainda está em construção. No entanto, algumas plataformas já começaram a desenhar essa nova camada de realidade, e desenvolveram universos digitais, onde é possível comprar pedaços de terra para construir casas e negócios digitais, que ficaram conhecidos como “terrenos no metaverso”.
Os preços das propriedades virtuais continuam subindo e os investidores estão oferecendo valores absurdos para terras digitais.
Grande parte dessa atividade de compra está ocorrendo na plataforma Decentraland. Que é um mundo de realidade virtual trazido à vida por meio da blockchain Ethereum, onde os usuários podem criar, experimentar e monetizar propriedades e aplicativos usando a plataforma.
O terreno virtual na Decentraland é de propriedade da comunidade e os usuários reivindicam a propriedade do terreno virtual em um livro-razão baseado em blockchain. Cada parcela de terreno é um token não fungível (NFT), o que significa que é único e não pode ser forjado ou duplicado, o mesmo que um terreno físico.
A Decentraland se autodenomina o “primeiro mundo virtual de propriedade de seus usuários” e, com base no aumento dos preços das propriedades virtuais, muitos investidores estão valorizando o status de pioneirismo da Decentraland.
Embora a compra de propriedades virtuais possa parecer complicada para alguns, as vendas virtuais de terrenos têm o potencial de ser a próxima grande corrida imobiliária. A ascensão da Decentraland e do mercado emergente de propriedades virtuais levanta algumas questões práticas para os investidores.
Será que é possível avaliar um terreno virtual com base no que sabemos de avaliação de terrenos físicos?
É óbvio que ainda estamos no início desse percurso e muitas dúvidas vão surgir. No entanto, estão surgindo novas pesquisas que adotam uma abordagem baseada em dados para entender os fatores e mecanismos de preços que afetam o valor da terra virtual.
Um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Basel argumenta que os preços dos terrenos virtuais são impulsionados por probabilidade de detecção e características de endereço.
A probabilidade de detecção refere-se à probabilidade de sua propriedade ser descoberta pelo tráfego de avatar. As características de endereço refere-se à facilidade de memorização das coordenadas de um lote de terra. Como os avatares não precisam da propriedade virtual para usos práticos (por exemplo, abrigo, escritório etc.) valor comercial.
Usando a arquitetura aberta da Decentraland, os pesquisadores compilaram e analisaram um conjunto de dados de preços de terrenos virtuais e chegaram a várias conclusões sobre como o valor da propriedade virtual foi determinado pelos investidores até agora.
Sua abordagem orientada por dados revelou alguns insights interessantes que acho que podem ser úteis para novos investidores.
1 – Localização
Um princípio importante de avaliação de propriedades físicas também se aplica ao metaverso. Os dados do estudo indicaram que os investidores estão mais dispostos a pagar muito dinheiro por terrenos virtuais que são facilmente encontrados por avatares. Lotes de terra nas proximidades de uma praça central de reuniões tendem a ser de maior interesse para os investidores.
Por exemplo, terrenos virtuais localizados perto dos principais pontos de referência da Decentraland, como Crypto Valley, geraram prêmios significativos.
A premissa é que os terrenos localizados próximos aos principais centros de tráfego permitirão que os proprietários monetizem essa propriedade por meio da venda de ativos digitais, publicidade ou alguma outra atividade experimental (por exemplo, jogos digitais, cassino etc.).
2 – Vá para zonas de perigo e agitação
Se você deseja comprar algum imóvel no mundo real, geralmente os investidores ficam longe de bairros e lugares decadentes, não é o caso da Decentraland.
Os investidores que procuram o maior ROI vão querer considerar comprar perto de lugares onde jogos de azar, sexo e outras atividades para adultos são promovidos. Os pesquisadores descobriram que a terra virtual perto do distrito da luz vermelha, por exemplo, comandava preços mais altos.
3 – Chamar a atenção é crucial
O fenômeno subjacente ao valor econômico da terra em Decentraland é a atenção, de acordo com os pesquisadores. As economias virtuais são economias de atenção e o valor da terra surge da capacidade de um lote virtual de terra de atrair, reter e monetizar a atenção de um usuário.
4 – Lotes com fácil poder de memorização
Em Decentraland, os usuários podem transportar seus avatares imediatamente de um local para outro, não é necessário caminhar.
Cada lote em Decentraland tem coordenadas únicas que representam uma localização específica no mapa. Como os lotes de terra podem ser visitados instantaneamente inserindo coordenadas de endereço, os investidores atribuíram valores de terreno mais altos a lotes com endereços que eram mais fáceis de ser memorizado.
Semelhante à forma como os nomes de domínio atraentes ou diretos cobram preços mais altos do que os obscuros e difíceis, as coordenadas de endereço são importantes em Decentraland.
valiar ativos digitais é complicado, se não totalmente desafiador.
Como podemos ver, muitos dos insights gerados pelo estudo estão alinhados com a avaliação imobiliária tradicional, com algumas diferenças sutis.
Ao contrário de muitas criptomoedas, algumas propriedades virtuais parecem ter um caso de uso real. Sendo assim, se todos nos reunirmos no metaverso nos próximos anos, os proprietários de terras virtuais que podem atrair muito tráfego terão a capacidade de anunciar e vender para avatares.
Falamos aqui sobre exemplos citando a Decentraland, mas existem outros metaversos já existentes e outros sendo criados, inclusive a Microsoft já começou a “mexer seus pauzinhos” sobre o assunto.
Outro metaverso que podemos citar e que já está em alta é o The Sandbox, semelhante ao Decentraland, o The Sandbox é um ambiente virtual que dá aos usuários a possibilidade criar projetos digitais, como empresas, casas e espaços para eventos. Foi lançado em 2012 como concorrente do Minecraft, mas passou por um reposicionamento em 2018 e entrou no mercado de blockchain e criptomoedas.
Outros projetos, como Axie Infinity, Gala e Enjin Coin também surfam nessa onda do metaverso.
Conheceu esse universo dos criptoativos em 2016 e desde 2017 vem intensificando a busca por conhecimentos na área. Hoje trabalha juntamente com sua esposa no criptomercado de forma profissional. Bacharelando em Blockchain, Criptomoedas e Finanças na Era Digital.