O crescimento da stablecoin Tether acelera apesar dos desafios regulatórios e da dinâmica negativa do mercado

No ano de 2022, stablecoins em diversas redes de camada 1 registraram um volume de transações de US$ 6,87 trilhões, superando líderes tradicionais de pagamento como Mastercard e PayPal. Comparativamente, durante o mesmo período, a Mastercard liquidou transações no valor de US$ 6,57 trilhões, enquanto o PayPal atingiu US$ 1,3 trilhão em transações, de acordo com informações da Coinmetrics e Bloomberg.

Apesar dos desafios de 2023 para o mercado cripto, como regulações rígidas nos EUA e condições de mercado em baixa, a adoção das stablecoins USDT e USDC supera a do Ethereum. Desde 2021, endereços de stablecoins com mais de US$ 1 cresceram sete vezes mais rápido que os endereços do Ethereum com o mesmo saldo.

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Mesmo com o aumento na adoção das stablecoins, sua contagem anual de transações representa apenas 0,5-3% das redes de pagamento tradicionais, conforme estatísticas da Coinmetrics e Glassnode. As altas taxas de transação e limitações de rendimento em plataformas como Ethereum podem ser razões para a não tão ampla adoção das redes descentralizadas.

Apesar das limitações do Ethereum, redes centralizadas como Tron mostram uma narrativa diferente. Até meados de 2023, o Tron alcançou 130 transações por segundo (TPS), superando o Ethereum, que tem 30 TPS, permitindo quase 20 vezes mais transações de USDT, conforme a Coinmetrics.

Embora a velocidade das transações seja relevante, não é o único fator considerado pelos mercados. Apesar da maior capacidade de transações do Tron, sua centralização gera preocupações de segurança, limitando seu domínio no valor de mercado do USDT. A capitalização de mercado do Tether no Tron é de 48%, enquanto o Ethereum, mais lento e caro, mas descentralizado, detém cerca de 43%, conforme o analista de mercado da Bloomberg, Jamie Coutts.