Timãocoin: Corinthians lança a própria criptomoeda
O mercado de cripto atrai mais um clube
Na última sexta-feira, 15 de março, o Corinthians lançou a Timãocoin, sua própria criptomoeda.
Desenvolvido em parceria com a Footcoin, o ativo possuirá o valor fixo de R$10, e inicialmente só será vendido a torcedores que possuírem Bitcoin.
“Nós entendemos que o público da cidade de São Paulo já faz muitas transações em Bitcoins, então, assim nós conseguimos posicionar o nosso produto. Aí, posteriormente, podemos ampliar para os demais públicos”, disse Rozinei da Silva, CEO da Footcoin.
Ainda não há previsão de quando a plataforma irá aceitar novas formas de pagamento pois, de acordo com Silva, há um interesse em primeiro entender o comportamento tanto dos fãs como da própria plataforma.
Com o lançamento, o Corinthians pretende promover maior interação entre parceiros comerciais e torcedores.
A Timãocoin poderá ser utilizada em um marketplace criado pelos sócios do projeto para adquirir ingressos, materiais esportivos e experiências no estádio, podendo ainda gerar vantagens em determinados restaurantes, lojas temáticas e companhias aéreas.
Um dos serviços disponibilizados pela Footcoin é a doação de valores dos torcedores para a equipe, mas até o momento não se sabe se o Corinthians irá utilizá-lo.
“Se o Corinthians quiser habilitar essa funcionalidade, o torcedor poderá adquirir, por exemplo, 1 Timaocoin por R$ 10 e doar para o clube. O valor cairá integralmente na conta do Corinthians. O clube customiza o marketplace da forma como ele achar mais interessante.”, disse Rozinei à Folha de São Paulo.
Até o momento não se sabe ao certo quanto tempo irá durar o contrato com a Footcoin, mas Silva afirma que serão 2 anos, no mínimo. De acordo com o CEO, em caso de não renovação de contrato, os torcedores que ainda obtiverem possuírem a Timãocoin terão opções para resgatar os valores, só não irão contar com o apoio da plataforma na hora de realizar transações.
Criptomoedas e o futebol
O Corinthians não é, nem de longe, o primeiro time a recorrer às criptomoedas.
Clubes internacionais como o Paris Saint-German e Juventus já realizaram acordos para a implementação de tokens em seus sistemas para que os torcedores obtenham “vantagens especiais”, podendo votar em opções de uniforme, comparecer a jogos e encontrar jogadores.
No Brasil a iniciativa ocorreu entre os times Avaí, Fortaleza e Atlético Mineiro.
No caso do Avaí, de Santa Catarina, foi realizada uma ICO de US$20 milhões para arrecadar fundos visando alavancar o time de volta para a série A do Brasileirão. O token criado, assim como nos outros casos, pode ser utilizado para adquirir produtos, ingressos e outros tipos de experiência.
Fortaleza e Atlético Mineiro adotaram o setor para “revitalizar suas economias” , criando a Leãocoin e a Galocoin, respectivamente. As moedas foram desenvolvidas em uma tentativa de estreitar laços com torcedores e instituições, além de arrecadar doações e investimentos de empresas interessadas.
Em julho de 2018 o WeBitcoin noticiou que Ronaldinho Gaúcho, estrela do futebol brasileiro, iria lançar a própria criptomoeda, a Soccer Coin, para promover a criação de uma escola de futebol, além de sediar jogos profissionais e amadores ao redor do mundo. A iniciativa também visava o desenvolvimento de uma plataforma de apostas e a criação de estádios digitais com realidade virtual.
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.