Criadores da Trends Brasil Conference se unem à Hathor Network para criarem a KickOff Music
A parceria entre Trends Brasil Conference e Hathor Network vai concretizar a primeira plataforma 100% brasileira, focada em NFTs Musicais e Fan Tokens
Em 2020, os NFTs surgiram como um furacão. Essa novidade, ancorada na tecnologia Blockchain, que já é um negócio de bilhões de dólares, atraiu a atenção da indústria criativa.
De acordo com Luciana Pegorer, co-fundadora da KickOff Music:
Do ponto de vista privilegiado que temos a partir da conferência, percebemos que havia um potencial enorme para a criação musical na tecnologia blockchain, particularmente através de NFTs. Tínhamos uma visão muito clara do que poderia ser esse negócio para os criadores musicais. Então decidimos que esse chamado era nosso.
A KickOff Music surge com a promessa de retirar o véu de dificuldade da comercialização e posse de NFTs. Para cumprir sua visão, a empresa adotou a tecnologia Blockchain da Hathor Network. Desenvolvida por engenheiros brasileiros, a Hathor resolve os três maiores dilemas enfrentados pelas tecnologias de gerações anteriores: baixa capacidade de transações por segundo, altos custos operacionais, e complexidade na hora de desenvolver projetos reais em cima delas.
Na prática, isso significa que o consumidor ou o criador não precisam conhecer sobre criptomoedas ou Blockchain para negociar esse novo produto musical. A famosa taxa de gás, que encarece e, muitas vezes, impede a previsibilidade de preços, também inexiste na KickOff. Além disso, a plataforma opera com todos os meios de pagamento convencionais além das criptomoedas. E sua rede tem emissão de carbono próxima de zero.
Conforme explica Marcelo Pera, co-fundador da KickOff Music:
O novo formato proposto pela KickOff é de fato pioneiro para a música. Não apenas cria novos tipos de fãs e experiências, como também permite que os criadores tenham controle sobre os preços do seu próprio conteúdo e gerem margens muito maiores, ao invés de se assumirem como coadjuvantes na oferta da música como acontece no modelo de streaming.
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A KickOff Music aposta nos NFTs e nos chamados Fan Tokens para trazerem de volta a ideia de valor para a música no seu sentido mais clássico, através dos conceitos milenares de escassez, exclusividade e diferenciação.
Gabriel Aleixo, desenvolvedor de Novos Negócios da Hathor Labs, afirma que:
As novas tecnologias vem revolucionando a indústria e modificando a forma como a música é consumida pela população. Os NFTs abrem um mar de oportunidades para todos os agentes e a Kick-off está sendo pioneira em mostrar o quão viável é essa tecnologia. Temos muito orgulho de acelerar esse projeto.
Vantagens que a KickOff proporciona para produtores e consumidores
A KickOff elimina varias barreiras de entradas neste mercado, que são:
Tecnologia: a adoção da Rede Hathor na Blockchain permite que as operações com NFTs e Tokens ocorram de forma simples, rápida, segura e usual;
Carteira Cripto: desnecessária na KickOff para criadores e compradores;
Meio de pagamento: todos os tradicionais, como os cartões de crédito;
Taxa de Gás: um problema em outras redes Blockchain que inexiste na rede Hathor;
Emissões de carbono: A Hathor tem uma pegada de carbono próxima de zero, já que 99% do poder de processamento que assegura o funcionamento da tecnologia provém de outras redes, num mecanismo conhecido como mineração compartilhada (merged-mining). A Hathor possui compatibilidade neste sentido com qualquer outra rede que utilize o algoritmo de mineração sha256d, como Bitcoin, Bitcoin Cash, Digibyte, dentre outras. Em sentido prático, é como dizer que ninguém está ligando novas máquinas para que a Hathor possa funcionar, mas apenas compartilhando recursos pré-existentes, a fim de torná-los mais eficientes. Adicionalmente, a Hathor Labs tem um programa de incentivos ao uso de matrizes renováveis.
O Valor na Música
Na linha histórica da indústria fonográfica, no que se refere a produtos de conteúdo musical, três fases destacam-se: a do disco de vinil, que conviveu com as fitas cassete; a do CD e do DVD, tendo o último incorporado o audiovisual ao produto físico; e sua mais recente inovação: o streaming (passando brevemente pelo download do arquivo digital). Hoje, é neste último que está acomodado o mercado.
Excetuando a atual fase, do streaming, a ideia que sempre sustentou a indústria foi a de transferência de propriedade, parcial, na forma de produto físico. Isso aconteceu – o consumo sob o conceito de propriedade – até mesmo com o download de MP3 e outros formatos.
A última grande transformação, que vivemos hoje, traduz-se em audição/visualização temporal de fonogramas / videofonogramas. É como se tivesse prevalecido o modelo da rádio, porém on demand. Abandona-se a sensação, muito comum à natureza humana, de propriedade, guarda e coleção, e ressalta-se exclusivamente a experiência auditiva; a música como trilha para momentos do dia-a-dia.
Em termos de valor, ao criador o fonograma resta quase tão somente uma resultante da teia de direitos: autorais, conexos, de execução, de imagem, garantidos em legislação e acordos comerciais.
Com os participantes desse novo mercado estabelecidos, as grandes empresas produtoras de conteúdo e os DSPs (Digital Service Providers) passam a tratar, mais do que nunca, o produto musical como uma commodity. A circulação da música neste cenário está sustentada em massa de conteúdo, volume de audição ou plays, de onde se extrai a receita que remunera toda a cadeia produtiva.
Neste cenário, por óbvio, a música perde seu valor intrínseco. Deixa de ser considerada, ainda que como possibilidade, peça de arte, única e escassa, e passa a ser algo facilmente acessado por qualquer pessoa, inclusive em planos gratuitos de assinatura, quase como presenteada, de onde é subtraída qualquer percepção de valor.
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No entanto, sem perder de vista o caráter democrático consequente deste esquema, o fã mais exigente continua a consumir, ou a pretender consumir “raridades”, como shows com ingressos caros, que exigem muitas vezes despesas com deslocamento, apoiadas na intenção de ver o artista de perto, buscar experiências, cultivar histórias e memórias.
Consome também discos de vinil e caixas especiais, não apenas por nostalgia, mas num movimento em busca daquele sentimento de propriedade, exclusivismo e colecionismo.
Fonte: Business Partner
Formado em Administração de Empresas, sou entusiasta da tecnologia e fascinado pelo mundo das criptomoedas, me aventuro no mundo do trade, sendo um eterno aluno. Bitcoin: The money of the future