O Twitter está analisando a possibilidade de cobrar assinatura. Essa seria uma resposta para a queda acentuada de receita com os anúncios.

O Twitter está considerando lançar um modelo de assinatura para uso da rede social, disse o CEO Jack Dorsey na última quinta-feira (23). Com uma queda acentuada de receita vinda das propagandas, a rede social trabalha ativamente em novas estratégias.

“Você provavelmente verá alguns testes este ano”, disse Dorsey em uma reunião trimestral da empresa. Dorsey disse que tem “uma barra muito alta para quando [a companhia] for monetizar aspectos do Twitter”, mas confirmou que a empresa está procurando diversificar suas fontes de receita.

No início deste mês, surgiram rumores relacionados ao modelo de assinatura do Twitter depois que a empresa postou uma vaga de emprego focada na construção de uma plataforma de assinatura com o codinome “Gryphon”. As ações do Twitter subiram na época, sinalizando o apetite dos investidores pela empresa de encontrar novas fontes de receita.

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Nova linha de receita em análise

Assim como as redes sociais rivais, o Twitter se concentrou em oferecer um serviço gratuito e ganhar dinheiro, permitindo em cima de propagandas.

“Queremos garantir que qualquer nova linha de receita seja complementar ao nosso negócio de publicidade”, disse Dorsey.

Os planos de crescimento do Twitter estão sob exame minucioso, já que muitos anunciantes recuam devido à pandemia. Na quinta-feira, o Twitter registrou uma receita de publicidade no segundo trimestre de US$ 562 milhões, uma queda de 23% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

A empresa também foi afetada por um boicote publicitário às redes sociais, vinculado aos protestos da justiça racial em todo o país. Mas os executivos do Twitter se recusaram a dizer o impacto do boicote nos negócios do Twitter.

O relatório de lucros do Twitter segue o que Dorsey descreveu como uma “semana difícil”, na qual a empresa se esforçou para lidar com um hack maciço que comprometia várias contas verificadas, incluindo as de Barack Obama, Joe Biden, Elon Musk e Jeff Bezos.

Dorsey se desculpou na teleconferência quinta-feira pela grande violação de segurança da semana passada, dizendo “ficamos para trás” com as obrigações de segurança da empresa.

“Nos sentimos péssimos com o incidente de segurança”, disse ele. “A segurança não tem um ponto final. É uma iteração constante … Continuaremos indo além, à medida que protegemos nossos sistemas e continuamos a trabalhar com empresas externas e policiais”.

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Fonte: CNN