Itaú Unibanco utilizará Ripple para processar pagamentos
Em 21 de fevereiro, a Ripple revelou que o Itaú Unibanco, maior banco do Brasil e da América Latina em capitalização de mercado, utilizará sua plataforma xCurrent para processar pagamentos e remessas realizados entre países.
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Adoção da Ripple
Muitos dos grandes bancos da Coreia do Sul e do Japão pertencentes à SBI Holdings, um dos maiores bancos comerciais da Terra do Sol Nascente, estão utilizando a plataforma de liquidez xRapid para diminuir os custos operacionais advindos do processamento de pagamentos entre bancos e instituições.
Dentro dos próximos meses, o Itaú Unibanco, em conjunto com o fornecedor de serviços de remessa de Cingapura, InstaReM, e com o banco comercial indiano IndusInd, utilizarão a plataforma da Ripple, xCurrent, para acomodar pagamentos entre prestadores de serviços financeiros internacionais.
A equipe da Ripple notou que prestadores de serviço de remessa em grandes mercados, como Brasil e Canadá, começaram a utilizar o xVia, uma solução para pagamentos desenvolvida pela empresa para processar pagamentos em seu blockchain. A Beetech, no Brasil, e a Zip Remit, no Canadá, objetivam processar pagamentos no blockchain da Ripple com prestadores de serviço de remessa localizados na China, tendo em vista que estes também adotaram os serviços da RippleNet este mês.
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Patrick Griffin, chefe do setor de desenvolvimento de negócios da Ripple, enfatizou a necessidade de uma solução baseada em blockchain, como a da sua empresa, para indústrias globais que fornecem serviços de pagamento e remessa, especialmente para empresas e consumidores de mercados emergentes. Griffin explicou que a tecnologia blockchain pode facilitar o processo de envio de dinheiro entre países, como acontece com pessoas fora de seu país de origem que enviam dinheiro para casa, especialmente trabalhadores expatriados e negócios internacionais.
“O problema nas formas de pagamento é uma questão global, sendo que seu impacto negativo afeta desproporcionalmente mercados emergentes. Seja uma professora nos Estados Unidos enviando dinheiro para a sua família no Brasil, ou um pequeno comerciante na Índia tentando movimentar dinheiro para abrir uma nova loja em outro país, é imperativo que conectemos as instituições financeiras do mundo a um sistema de pagamento que funcione em favor dos seus clientes, não contra eles,” afirmou Griffin.
A Ripple já tem parceria firmada com grandes prestadores de serviço de remessa, como a MoneyGram, que agora processam pagamentos internacionais em seu blockchain. Se a empresa consegue construir um ecossistema e uma comunidade de grandes prestadores deste tipo de serviço em regiões como o Estados Unidos, bem como em mercados emergentes, pessoas poderão enviar e receber pequenas e grandes quantidades de dinheiro por meio de blockchain, com custos reduzidos.
A chave para construir uma conexão entre prestadores de serviço de remessa é garantir que exista uma plataforma descentralizada e P2P, através da qual instituições possam enviar e receber dinheiro umas das outras.
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A RippleNet já inclui tais prestadores de serviço em larga escala em regiões como Cingapura, China, e outros países da Ásia. A InstaReM processa, sozinha, mais de 500000 transações iniciadas por clientes, em mais de 60 países, como Austrália, Canadá, Hong Kong, Cingapura e Índia.
2018 é um ano importante para a Ripple, sendo um período onde ela terá que justificar suas parcerias firmadas em 2017, por meio de crescentes volumes diários de troca e usuários em atividade. No ano passado, a empresa foi criticada pela falta de volume de troca vindo de bancos que se tornaram parceiros da Ripple Labs para processar transações.
Fonte: CCN.com
Edição: Webitcoin