Universidade de Stanford cria mecanismo de pagamento confidencial para contratos inteligentes do Ethereum
O projeto oferece um tipo de anonimato similar à Monero
Na quarta-feira, 20 de fevereiro, foi publicado um artigo descrevendo um mecanismo de privacidade para smart contracts (contratos inteligentes) do Ethereum (ETH) desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Stanford e da Visa Research.
Publicado no site do Grupo de Criptografia Avançada da Universidade de Stanford, o artigo fala sobre o “Zether”, um “mecanismo de pagamento confidencial totalmente descentralizado” consistente com o Ethereum e outras plataformas de smart contracts.
A equipe desenvolveu um novo contrato inteligente que pode ser executado individualmente ou por outros contratos inteligentes. O novo projeto mantém criptografados os saldos das contas e permite depósitos, transferências e saques de fundos através de provas criptografadas.
De acordo com o relatório, todas as transações são confidenciais e possuem um custo de 0,014 Ethereum. A confidencialidade é proporcionada pela opção de bloquear fundos em uma conta para um smart contract. O Zether aparentemente oferece um tipo de anonimato muito similar à Monero (XRM).
“Descrevemos uma extensão do Zether que também pode ocultar o remetente e o destinatário envolvidos em uma transação entre um grupo de usuários selecionados pelo remetente. Embora a sobrecarga associada ao anonimato seja escalonada de forma linear com o tamanho do grupo, nenhuma configuração confiável é necessária e nenhuma alteração na plataforma de smart contract subjacente é necessária.”
O artigo explica ainda que o Zether nunca irá transferir fundos sem realizar profundas verificações, “mesmo que a solicitação venha de outro smart contract cujas regras não permitem transferências ilegais”.
“Mesmo um contrato inteligente mal-intencionado, escrito ou inseguro não consegue fazer com que o Zether se comporte mal”
Atualmente criptomoedas que oferecem mais anonimato aos usuários são fonte de controvérsias tanto para a comunidade quanto para governos. Em janeiro o criador da Litecoin Charlie Lee anunciou que estava focado em tornar sua moeda mais fungível e privada.
De acordo com ele, transações confidenciais poderiam ser adicionadas por meio de um soft fork e seriam implementadas “em algum momento de 2019”.
Em abril do ano passado a FSA (Autoridade de Serviços Financeiros do Japão) sugeriu que as exchanges não negociassem moedas como DASH e Monero, desenvolvidas no conceito do anonimato.
“Deveria ser seriamente discutido se qualquer exchange de criptomoedas registrada deveria poder usar tais moedas”, disse um membro não identificado da FSA.
FONTE: COINTELEGRAPH
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.