US$ 1,4 bilhão em Bitcoin foi lavado, mesmo que de forma involuntária, por exchanges em 2020

Aproximadamente US$ 1,4 bilhão, 147.ooo Bitcoin, foi lavado por exchanges importantes, incluindo Binance e Huobi este ano.

Aproximadamente US$ 1,4 bilhão, 147.ooo Bitcoin, foi lavado

Após um ano de análise rigorosa, a empresa de segurança sw blockchain, Peckshield, afirma ter rastreado mais de US$ 1,4 bilhão em Bitcoin sujo lavado através de várias exchanges de criptomoedas em 2020.

“Classificamos as exchanges com a maior quantidade de dinheiro roubado”, diz o relatório da Peckshield, publicado em 14 de julho. “As dez principais exchanges foram: Huobi, Binance, OKEx, ZB, Gate.io, BitMEX, Luno, HaoBTC, Bithumb e Coinbase “.

Para os pesquisadores da Peckshield, o Bitcoin em questão se origina de vários endereços chamados de “alto risco”, incluindo aqueles implicados em ataques de hackers e atividades da darknet.

Somente nos últimos seis meses, os pesquisadores da blockchain acompanharam um total de 13.927 transações de alto risco – totalizando 147.000 Bitcoin (US$ 1,4 bilhão) agregados – chegando a várias exchanges importantes.

Huobi, com sede em Cingapura, foi a mais atingido por movimentações de alto risco, com mais de 40.000 Bitcoin (US$ 364 milhões) enviados para a exchange. Logo atrás está a Binance, com mais de 25.000 Bitcoin (US$ 227 milhões) supostamente lavados por meio da exchange.

In the first half of 2020 the flow of stolen money into the exchange ranking

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O poço pode ser bem mais fundo

Os US$ 1,4 bilhões estimados podem ser apenas uma gota na água. Os pesquisadores da Peckshield advertem que US$ 1,59 bilhão em fundos de alto risco foram transferidos para misturadores de moedas, a fim de dificultar o movimento.

A mistura de moedas parece ser um método popular para lavadores de dinheiro que procuram ofuscar seu Bitcoin.

No início deste mês, o famoso hacker “Blueleaks” revelou que o FBI está rastreando a lavagem de dinheiro na darkweb. O despejo de dados de 270 GB de documentos policiais, exposto pelo coletivo de hackers Anonymous, detalha vários casos em que bandidos supostamente usaram a exchange de criptomoedas ‘instantânea’ panamenha MorphToken para lavar Bitcoin, trocando-o pela moeda de privacidade Monero.

Huobi e Binance podem ter sido escolhidas por Peckshield, mas elas não estão sozinhas. Em junho, os analistas on-chain, Ciphertrace, revelaram que a LocalBitcoins também foi usada para lavagem de dinheiro. Segundo um relatório, 12,01% de todo o Bitcoin recebido pela LocalBitcoins em 2019 veio diretamente de fontes criminosas.

Agora, após o hack do Twitter desta semana, os golpistas provavelmente estão procurando lavar um pouco mais de Bitcoin. A grande questão é: por que eles não usaram o Monero?

Fonte: decrypt

Foto de Bruno Lugarini
Foto de Bruno Lugarini O autor:

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.