Vencer o BTC: Um ajuste nos bastidores da tecnologia subjacente a muitas criptomoedas, incluindo o Ether, está um passo mais perto de corrigir uma grande fonte de críticas, o impacto ambiental das criptomoedas. 

Durante anos, criptomoedas como Bitcoin e Ether foram rechaçadas pelas grandes quantidades de poluição que vêm da geração da eletricidade utilizada para mineração estes cripto ativos.

Poluição decorrente da geração de energia para a cripto mineração

Por causa dos enormes custos envolvidos, os mineradores muitas vezes se estabelecem em localidades onde a energia é mais barata, normalmente porque vem de fontes como o carvão.

Mas com as últimas mudanças em uma blockchain chave, usada para alimentar a criptomoeda Ether, várias criptomoedas rivais e projetos baseados em tokens não fungíveis, ou NFTs, podem acabar em breve. O ajuste promete reduzir o consumo de energia da blockchain Ethereum em 99%.

A rede do Bitcoin não parece que vai passar por reformulações

Ele também dá ao Ethereum uma vantagem sobre o rival Bitcoin, que não mudou muito para a eficiência energética. Embora, sob pressão para devorar menos energia, o Bitcoin não tem planos de mudar sua tecnologia como o Ethereum fez.

A transição que é fundamental para a economia de energia do Ethereum chegou um passo mais perto da realidade na semana passada, com um teste de maior sucesso que simulou a fusão maior das cadeias de prova de trabalho e prova de participação, do Ethereum. Baseado em parte nas notícias da chamada “fusão”, a valorização do Ether superou a do Bitcoin, nos últimos sete dias.

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Valorização do Ethereum acompanha os esforços da comunidade

O Ether subiu cerca de 13% na última semana, para cerca de US $ 3.007.
Enquanto o Bitcoin subiu apenas cerca de 7% a US $ 42.622.

A mudança envolve a rede Ethereum, que opera usando o que é conhecido como prova de trabalho. Anteriormente, para registrar uma transação em seu blockchain, um livro-razão digital transparente, os mineradores eram obrigados a usar computadores poderosos com placas de vídeo que consomem MUITA energia elétrica, para resolver problemas matemáticos complexos.

Nova forma de mineração do Ethereum

Após a correção ambientalmente esperada, os mineradores poderão eventualmente verificar transações apostando algumas de suas próprias criptomoedas, em carteiras especiais, no que é chamado de prova de participação. Quanto mais criptomoedas um validador puder apostar, maiores são as chances de poder validar a transação e reivindicar uma recompensa em criptomoedas, por fazê-lo.

Este processo é menos intensivo em gasto e/ou consumo de energia elétrica, porque não requer o uso de computadores poderosos e suas placas de vídeo, para resolver quebra-cabeças matemáticos.

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A rede Ethereum é berço de outros projetos importantes

A Rede Ethereum é mais conhecida por sua criptomoeda nativa, o Ether, o segundo mais popular atrás apenas do Bitcoin. Ele também hospeda uma série de aplicativos populares, como a exchange NFT OpenSea, a popular carteira cripto MetaMask e a exchange automatizada de tokens UniSwap.

A partir de agora, o Ethereum tem duas cadeias diferentes, a antiga usando prova de trabalho e a nova usando prova de participação. Através de um processo chamado “fusão”, o Ethereum combinará ambas as cadeias e passará da prova de trabalho para a prova de participação, reduzindo seu consumo de energia em todos os processos. Ficando a um passo de vencer o BTC.

A fusão que todos têm aguardado

A fusão deveria estar concluída até o final de junho. Mas agora, não há uma data exata definida, de acordo com um post no blog da Ethereum Foundation, uma organização sem fins lucrativos dedicada a apoiar a rede Ethereum e seus projetos.

Tim Beiko, um desenvolvedor do Ethereum que lidera as atualizações para a blockchain, disse que a transição para a prova de participação poderia acontecer ainda neste verão. 

Quando a tão esperada “fusão” acontecer, investidores com consciência verde poderão ser mais propensos a colocar dinheiro em projetos executados na blockchain Ethereum do que em outras blockchains menos conhecidas. Além disso, o ajuste promete tornar mais barato validar transações, porque computadores poderosos e suas placas de vídeo não seriam mais necessários.

Fontes de pesquisa: Fortune e Ethereum Foundation

O autor: Bruno Rocha

Escritor, Compositor e Poeta, não necessariamente nesta ordem. Fissurado em Sci-fi e SteamPunk. Estudando e conhecendo as fascinantes redes Blockchain.