A Venezuela está chamando seus cidadãos para construírem mining farms ao longo do país. O governo desenvolveu um programa de mineração de criptomoedas, cujo qual o presidente Nicolas Maduro acredita que atrairá 1 milhão de pessoas, dentre eles estudantes universitários, desempregados, mães solteiras e desabrigados.

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Maduro procura por miners

O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, lançou um programa para encorajar os cidadãos a estabelecerem mining farms ao longo do país. Falando de Caracas, ele disse que os jovens devem ser “infectados com coragem” para estabelecer mining farms na Venezuela, conforme relatado pela Telesur esta semana.

O programa é chamado de “Plan Chamba Juvenil Digital” (Plano de Trabalho Digital da Juventude), acrescentou o veículo midiático, ressaltando que o registro para o programa abre em 15 de abril, e o governo espera que ele atraia, pelo menos, um milhão de estudantes. Maduro tweetou:

“Atenção, jovens! Hoje o Chamba Juvenil Digital emerge para possibilitar que vocês formem mining farms, a fim de minerarem criptomoedas. A Venezuela não desiste!”

O chefe de estado elaborou:

“O programa foi designado para ajudar a incorporar jovens – incluindo universitários, desempregados, mães solteiras e desabrigados – à rotina de trabalho. Espera-se que o programa também crie oportunidades de emprego para os recém formados.”

Construindo mining farms

O Ministro da Juventude venezuelano, Pedro Infante, disse em uma conferência de imprensa concedida na última quinta-feira que 24 mining farms serão construídas para alavancar os treinos na áreas de criptomoedas, segundo o jornal local El Ciudadano. O ministro também revelou que o governo aprovou a liberação de 96 bilhões de bolívares (aproximadamente US$2,9 milhões) para a criação destas mining farms.

O projeto foi criado para garantir a incorporação de jovens no setor de trabalho, com a meta de recrutar 1 milhão de pessoas abaixo dos 35 anos, detalhou a publicação. Infante descreveu que os jovens representam 60% da população venezuelana, sendo que 879 mil deles já se juntaram ao programa de empregos. O veículo midiático ainda ressaltou:

“Dentre as 23 províncias da Venezuela, Zulia (oeste), Miranda (norte), Carabobo (centro norte) e Lara (centro) são os estados com a maior participação de jovens no programa.”

O governo venezuelano abriu uma escola em fevereiro para ensinar seus cidadãos sobre criptomoedas, inclusive sobre a mineração das mesmas.

Segundo relatos locais, a Venezolana de Industria Tecnológica (VIT) distribuirá mining rigs para serem instaladas no país. O jornal Ultimas Noticias citou o presidente da VIT, Jorge Michainaux, explicando:

“Ele indicou que a companhia trabalhará na criação de containers de petro, que são centros portáteis de mineração.”

O veículo midiático acrescentou:

“Maduro disse que o objetivo é fortalecer o uso de criptomoedas como parte de uma revolução econômica, que democratizará o sistema financeiro internacional… Eles terão a petro e todas as criptomoedas, como ethereum e bitcoin, assim como as novas criptomoedas que estão sendo criadas pelo mundo.”

Fortalecendo a petro

Segundo a Telesur, Maduro espera que estas mining farms fortaleçam a petro. Contudo, a nova moeda digital da Venezuela é pré-minerada.

“No início do processo de pré-venda da petro, toda a emissão será através de portfólios da república,” conforme consta no white paper da criptomoeda.

A pré-venda da Petro começou, supostamente, em 20 de fevereiro. Maduro alegou que ela gerou mais de US$5 bilhões e, em 10 de março, obteve mais de 186 mil compras certificadas, revelou a Telesur.

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Na última sexta-feira, o vice-presidente venezuelano, Tareck El Aissami, apresentou o projeto de lei da Petro perante a Assembleia Constituinte do país. Contudo, a constituinte novamente foi contrária à nova criptomoeda, declarando-a ilegal e contra a constituição da Venezuela.

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Fonte: Bitcoin.com

Edição: WeBitcoin