As vítimas são encaminhadas a um site malicioso, que promete “dobrar suas criptomoedas”

Não é o fundador da FTX!

Criminosos elaboraram um vídeo falso com a imagem de Sam Bankman-Fried, fundador da FTX, exchange que colapsou na última semana.

Para tanto, a voz de Bankman-Fried foi emulada por meio de software e uma montagem foi realizada para combinar com as palavras ditas na gravação. Trata-se de um “deepfake”, que é uma falsificação muito próxima da realidade.

O vídeo falso oferece “compensação pelas perdas” aos usuários do FTX. Contudo, caso os usuários cliquem no link, serão direcionados a um site de pishing, projetado para drenar todos os ativos digitais presentes em suas carteiras digitais.

Parece que o site dos golpistas foi derrubado. Não se sabe, pelo menos por ora, o que levou a isso.

• Veja também: Bilionários criptos podem ser atingidos por um grande golpe devido ao colapso da FTX

Deepfake é uma tendência preocupante

São três os principais tipos de deepfake: textuais (que fazem uso de máquinas de escrita controladas por inteligência artificial), redes sociais (que criam perfis falsos nas principais redes sociais) e em tempo real (por meio do qual o rosto e a voz são modificados ao vivo por software).

Estas complexas aplicações copiam timbres e padrões de voz, construindo um banco de dados amplo e complexo para replicar, muitas vezes com perfeição, vozes de terceiros. No caso do rosto, este pode ser modificado em tempo real por programas como DeepFaceLive, por exemplo.

Tais golpes são bem raros no Brasil, tendo em vista que estes softwares não possuem um banco de dados de vozes e de imagens satisfatórios. Mas o problema está crescendo de maneira assustadora: segundo a Mordor Intelligence, conteúdos deepfake estão crescendo 400% ao ano.