Volume de bolívares negociados em BTC atinge alta histórica na Venezuela
Venezuela registra níveis preocupantes de inflação
De acordo com dados da Coin Dance, na semana do dia 13 ao dia 20 de julho a LocalBitcoins registrou uma nova alta histórica na Venezuela.
Por conta da inflação enfrentada no país, a população passou a recorrer a outros recursos, iniciativa que impulsionou um volume de mais de 56 bilhões de bolívares negociados em Bitcoin no período citado.
No entanto, a situação se torna realmente preocupante quando o gráfico é convertido para a referência de Bitcoins, mostrando o volume negociado em BTC nos últimos meses.
Como é possível perceber, as altas registradas nos gráficos não coincidem, visto que a segunda imagem sugere que o volume máximo, em BTC, foi registrado na semana do dia 2 ao dia 9 de fevereiro, quando 2.487 unidades foram negociadas. Na época, o volume em bolívares registrado foi pouco mais de 24,3 bilhões, quase metade da alta atual.
Em contraste, no período entre os dias 13 e 20 de julho, o volume corresponde a 574 BTC.
Os dados apontam para um aumento significativo na inflação do país, visto que quase o dobro de moeda local está sendo necessária para a compra de demos de 25% do montante anterior.
De acordo com o G1, a inflação na Venezuela atingiu 815.194% em 12 meses no mês de maio, e o FMI aponta que pode fechar 2019 em 10.000.000%.
Apesar de contar com uma moeda digital apoiada pelo governo, os venezuelanos continuam apostando em criptomoedas como Bitcoin e Dash para fugir do cenário inflacionário, visto que o Petro aparentemente não é confiável.
Recentemente o WeBitcoin noticiou que Nicolás Maduro impôs a aceitação do Petro ao Banco da Venezuela.
Discursando durante o evento de celebração de 10 anos do banco, Maduro deu a “ordem expressa para a abertura de guichês de transações de Petro em todas as agências do Banco da Venezuela.” Anteriormente a população já tinha que arcar com a conversão de suas aposentadorias em Petro, além de utilizar a moeda no pagamento de taxas para a emissão de passaportes.
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.