Xangai utilizará blockchain para verificar origem de vinhos, visando evitar falsificações

VeChain, uma startup de blockchain localizada em Xangai, está testando uma aplicação de blockchain para verificar a cadeia de fornecimento de vinhos e combater falsificações, relatou o South China Morning Post.

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A indústria chinesa do vinho vale US$2,8 bilhões mas, segundo o South China Morning Post, ditados como “os chineses bebem mais vinhos franceses do que a França produz” e “pelo menos metade dos Chateau Lafite-Rothschild consumidos na China são falsos” enfraqueceram a confiança na qualidade dos produtos.

Como parte da iniciativa, a VeChain está trabalhando com o varejista Shanghai Waigaoqiao Direct Imported Goods (DIG) para testar produtos da empresa francesa Pierre Ferraud and Fils. Em 2017, a companhia assinou um acordo para fornecer seu vinho tinto Beaujolais Nouveau por meio de verificação em uma plataforma blockchain, que está ligado aos termos de varejo do DIG.

Escaneando um QR Code de resposta rápida, consumidores estarão aptos a obter informações essenciais sobre o vinho, incluindo sobre o vinhedo, a variedade das uvas, um número de identificação de 18 dígitos, datas de quando a garrafa foi tirada do armazém e levada até Xangai, além de quando ela foi fornecida pelo DIG aos estabelecimentos da cidade. Fu Yu, um parceiro na VeChain, comentou sobre o projeto:

“A beleza do blockchain é que vendedores podem ver a informação sobre todo o ciclo de vida de uma garrafa de vinho de vários ângulos, incluindo vinhedos, logística e varejistas.”

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Quando se trata de vinhos especiais, a startup planeja integrar um chip de comunicações próximo à rolha do vinho. Se o chip for quebrado após a abertura do vinho, não será mais possível inscrever dados no blockchain.

Dez mil garrafas de vinho rastreadas por um blockchain foram enviadas ao DIG, e espera-se que o número aumente em dez vezes em 2019. Fu mencionou ainda que o VeChain está engajado em negociações com um vinhedo italiano sobre a utilização de blockchain. A mesma oferta foi feita a vinhedos da Austrália e América do Sul.

Em março, a gigante do e-commerce chinesa JD.com começou a implementar aplicações de blockchain para rastrear a cadeia de abastecimento de suas vendas de carne. A JD lançou a iniciativa para aumentar a confiança do consumidor sobre a procedência dos produtos derivados de carne. Segundo o chefe do setor de tecnologia da JD, um novo sistema baseado em blockchain tranquilizará os consumidores ao lhes informar que compraram produtos seguros e confiáveis para suas famílias.

No mês passado, o Walmart começou a utilizar uma aplicação blockchain para rastrear seus produtos alimentícios, permitindo que a empresa verifique as informações do produto, bem como reduzam o desperdício e melhorem o gerenciamento de contaminação e transparência.

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Fonte: The Cointelegraph