XRP alcança US$ 1 bilhão em futuros na CME e reacende debate sobre ETFs e centralização

Enquanto a demanda por um ETF à vista cresce, a comunidade do XRP segue dividida entre lealdade do varejo e ceticismo institucional
O XRP voltou ao centro das atenções após os contratos futuros da CME atingirem US$ 1 bilhão em interesse aberto pouco mais de três meses após o lançamento — o ritmo mais rápido já registrado para um produto cripto na bolsa. O marco sugere que a procura por um ETF à vista pode estar sendo subestimada, já que mais de US$ 800 milhões já estão alocados em ETFs futuros de XRP.
O interesse não se limita aos investidores profissionais. A Robinhood lançou contratos micro de XRP, reduzindo em cerca de 75% a exigência de capital em relação aos contratos padrão, ampliando o acesso ao varejo. Esse movimento trouxe nova liquidez ao mercado e ajudou a sustentar uma recuperação recente no preço, que subiu mais de 3% nas últimas 24 horas.
Apesar do crescimento da demanda e do fortalecimento da liquidez, a comunidade segue dividida. O advogado John E. Deaton descreveu o XRP como “o cripto mais odiado por instituições e profissionais, mas o mais amado pelo varejo”. Críticas apontam para o fornecimento pré-minerado e a influência da Ripple sobre a governança, vista por alguns como excessivamente centralizada. Por outro lado, defensores argumentam que a resistência institucional vem mais de rivalidades históricas e narrativas formadas nos primeiros anos do setor do que de falhas estruturais.
Enquanto isso, o ativo se mantém como a terceira maior criptomoeda por valor de mercado, em torno de US$ 180 bilhões, superando gigantes tradicionais como a BlackRock. No front de inovação, plataformas como a MoreMarkets, em parceria com a Flare, lançaram produtos de rendimento em XRP, permitindo que investidores obtenham retornos semanais sem recorrer a estratégias DeFi complexas.
No momento, o token é negociado próximo de US$ 3,02, acumulando ganhos de 4,2% na semana, mas ainda 17% abaixo da máxima histórica de US$ 3,65 registrada em julho. Analistas veem o nível de US$ 2,95 como suporte decisivo: a perda desse patamar poderia levar a quedas até US$ 2,40, enquanto uma recuperação firme poderia abrir caminho para US$ 4,20 ou até US$ 4,50.