XRP dispara e lidera o mercado, enquanto Ethereum se fortalece nos bastidores
Impulsionado por vitória legal e interesse institucional, XRP supera Bitcoin e Ethereum no primeiro trimestre; ETH atrai investidores estratégicos apesar da queda de preço.
Segundo o mais recente relatório da Ripple, divulgado em 5 de maio, o XRP valorizou 50% entre janeiro e março, atingindo o pico de US$ 3,40 em fevereiro — marca não registrada desde 2018. O desempenho foi impulsionado principalmente pela vitória definitiva contra a SEC, que encerrou uma longa disputa judicial ao retirar sua apelação e reduzir a multa de US$ 125 milhões para US$ 50 milhões. Esse desfecho abriu espaço para uma onda de entrada institucional no ecossistema XRP.
Esse movimento já se reflete na prática. A Ripple anunciou a compra da corretora Hidden Road por US$ 1,25 bilhão e planeja utilizar seu stablecoin RLUSD como garantia em operações financeiras tradicionais. Além disso, a presença de XRP nos mercados regulados aumentou: ETFs foram aprovados no Brasil e nos EUA, com destaque para um produto alavancado lançado pela Teucrium que já movimenta milhões de dólares.
Apesar do brilho, nem tudo foi positivo. A atividade on-chain na XRP Ledger caiu 37% em volume de transações e 40% em criação de novas carteiras, sugerindo que o crescimento foi mais especulativo e institucional do que impulsionado pelo uso da rede.
No lado da Ethereum, embora o desempenho de preço tenha sido decepcionante — queda de mais de 42% no ano —, os sinais de confiança estrutural são evidentes. Dados da CryptoQuant mostram que endereços acumuladores aumentaram suas reservas de ETH em mais de 22% entre março e maio, passando de 15,5 milhões para mais de 19 milhões de tokens.
Esse movimento ocorre mesmo com muitos investidores em prejuízo não realizado, já que o valor atual do ETH (cerca de US$ 1.800) está abaixo do seu preço realizado médio (US$ 1.980). Ainda assim, analistas acreditam em uma possível virada. Formações técnicas como o “falling wedge” sugerem uma pressão acumulada prestes a ser liberada em uma nova alta, especialmente se catalisada por algum evento positivo no mercado.
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