YouTube exclui mais de 2.500 canais chineses
Em combate a desinformação, Google exclui da sua plataforma de videos, YouTube, mais de 2.500 canais chineses.
Em uma jogada chocante, cerca de 2.500 canais chineses do YouTube foram excluídos pelo Google. O Google afirma limpar a desinformação na plataforma de compartilhamento de vídeo. Os canais que foram removidos no segundo trimestre deste ano geralmente divulgavam conteúdo de spam, conforme relatório da Gadgets360. Recentemente, o governo dos EUA também ponderou uma medida para eliminar da App Store todos os aplicativos chineses.
Segundo o boletim trimestral da empresa, os canais foram removidos entre abril e junho de 2020 “como parte de nossa investigação em andamento sobre operações de influência coordenada ligadas à China”. No entanto, ele não especificou os nomes dos canais ou forneceu alguns outros detalhes, exceto para vincular os vídeos a atividades semelhantes identificadas pelo Twitter.
Por que o YouTube excluiu mais de 2.500 canais chineses?
A empresa de análise de mídia social Graphika identificou essa campanha de desinformação em abril. Além disso, os canais do YouTube envolvidos nessas atividades geralmente postavam spam e conteúdo não político. O YouTube não especificou os canais ou forneceu alguns outros detalhes, exceto para vincular os vídeos a atividades semelhantes identificadas pelo Twitter.
Mas poucos deles falavam sobre política, de acordo com o Google. Além disso, a embaixada chinesa nos EUA ainda não respondeu a essa ação.
China x EUA
Embora essa seja uma decisão inesperada, é compreensível, considerando que as tensões entre Pequim e Washington estão aumentando todos os dias, com o presidente Donald Trump ameaçando bloquear o TikTok da China dos EUA se não cumprir as condições do governo.
Após o coronavírus, a China tem enfrentado muitas acusações de não ser uma nação digna de confiança, pois escondeu muitas informações sobre a pandemia. Adicione a isso, as recentes tensões entre a Índia e a China que levaram ao banimento do Tiktok e de outros 59 aplicativos em junho, seguidos por outros 47 aplicativos citando recentemente roubo de dados e razões de segurança.
Os Estados Unidos, por outro lado, garantem que outros países evitem empresas chinesas como a Huawei e seus equipamentos 5G. A preocupação recente da proibição da plataforma TikTok de compartilhamento de vídeos pequenos nos EUA também parece fazer parte da campanha dos EUA para manter os dados seguros.
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Como as empresas estão lidando com isso?
Pequim, por outro lado, está constantemente se defendendo, dizendo que não espalhou nenhuma desinformação. As notícias falsas têm sido motivo de grande preocupação, mesmo para países desenvolvidos como os EUA e, desde 2016, as partes interessadas e as empresas tentam ao máximo evitar uma situação semelhante desde então.
Dito isto, o Google e o Facebook divulgaram muitas atualizações para combater a propaganda política online e também trabalharam em laços com países como Irã e Rússia e tentam não abrir as portas erradas novamente, conforme o boletim.
Dito isto, com as eleições presidenciais se aproximando nos EUA, será interessante ver como o governo lida com o TikTok e outras desinformações flutuando nas mídias sociais.
Fonte: gizchina
O autor: Bruno Lugarini
Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.