Z.ro Bank: Após fusão, Bitblue e CoinWise lançam solução de pagamento que promove a liquidez imediata do Bitcoin
Grupo B&T Câmbio lança nova instituição de pagamento focada na maior criptomoeda do mercado
No dia 12 de abril a CoinWise e a plataforma Bitblue realizaram um acordo de fusão para se tornar uma só empresa. A partir da iniciativa surgiu a Z.ro Bank, primeira startup de pagamento a “aceitar Bitcoins para compra de serviços e produtos”.
Nesta quarta-feira (24) o Grupo B&T Câmbio lançou o Z.ro Pay, produto que possui o objetivo de “dar liquidez imediata para os amantes do Bitcoin com baixa taxa e reduzir significativamente o custo do varejo que paga muitas taxas com diversos intermediários.”
A iniciativa acaba viabilizando casos de uso para o Bitcoin, que tem sua adoção dificultada no comércio pela questão da volatilidade.
“Os estabelecimentos comercias relutam em receber criptomoedas para pagamentos porque têm receio da variação do valor delas. Como liquidamos qualquer transação imediatamente, esse problema foi solucionado”, disse Marco Carnut, CTO da Z.ro Bank.
Para viabilizar o sistema, a startup testou a máquina de pagamento em mais de 100 estabelecimentos comerciais tanto em Recife quanto em São Paulo, e segundo Carnut, “o sucesso foi total”.
De acordo com a empresa, a liquidação das vendas é feita por um intermediário que “garante a conversão imediata da criptomoeda, cobrando uma taxa final de cerca de 1%”, e focando na captação de clientes, as vendas de varejo pagarão somente 0,5% da transação, sem a incidência de custos fixos de mensalidade ou aluguel da máquina.
Os fundadores do Grupo B&T preveem o lançamento de serviços de câmbio e digital banking nos próximos meses.
As frentes operacionais da fintech
De acordo com um release compartilhado com o WeBitcoin, a fintech terá três braços operacionais.
O primeiro é o blockchain banking (Z.ro Bank), “um aplicativo de contas digitais” que viabilizará serviços financeiros que vão dos tradicionais (pagamento de contas, transferência, cartão de débito, etc) até integrações exclusivas com uma carteira digital para detentores de criptomoedas, “que poderão com um único clique converter Bitcoins para reais e fazer seus pagamentos.” O foco é receber tanto dinheiro quanto Bitcoin em uma mesma conta.
O segundo braço é voltado para serviços e operações de câmbio online (Z.ro Câmbio). O terceiro (Z.ro Pay) é focado em pagamentos e está sendo lançado agora.
Aparentemente a startup já “está em conversas avançadas” com grandes empresas e comércios digitais do país que estão à procura de uma ferramenta para viabilizar pagamentos com criptomoedas.
“Infelizmente no Brasil o que a gente vê na internet são pessoas vendendo Bitcoin como investimento o tempo inteiro e isso é um equívoco. O propósito dessa tecnologia sempre foi o de ser uma versão de dinheiro eletrônico, que permite que pagamentos online sejam enviados diretamente de uma pessoa para outra, sem a necessidade de várias instituições financeiras. Nossa proposta é desintermediar esta cadeira financeira e prover mais um meio de pagamento de potencial mundial, principalmente aos e-commerces”, comenta Edísio Pereira Neto, CEO da Z.ro Bank. “Aceitar Bitcoin como método de pagamento é abrir a porta do seu negócio para o mundo”.
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.