Zcash e Dash perderam sua privacidade?
Hoje, tanto o Zcash (ZEC) quanto o Dash, duas das moedas de privacidade mais conhecidas, fizeram parceria com a Chainalysis.
A propósito, após o lançamento do Codefi hoje, que permite rastrear transações com o conhecido KYT (Know Your Transaction), a comunidade ficou louca e percebeu que essa ferramenta também poderia rastrear criptomoedas focadas em privacidade, como o Zcash e Dash.
A posição da Electric Coin Company (EEC), no entanto, é muito clara e explica como as transações protegidas não serão rastreadas pela Chainalysis porque, devido à sua natureza anônima, elas não podem ser rastreadas.
https://twitter.com/ElectricCoinCo/status/1270117236842225665
“Hoje, a Chainalysis anunciou o suporte ao #Zcash. Nossa posição e pontos de esclarecimento estão nesta thread.”
O funcionamento do Dash e Zcash
A criptom0oeda Dash oferece uma solução opcional, o PrivateSend sem taxa, que permite misturar transações e depois desfocá-las.
Esse é um recurso que o usuário pode decidir usar ou não, que não está definido por padrão.
Algo semelhante pode ser feito com a blockchain Zcash (ZEC), que oferece a possibilidade de realizar transações normais, parcialmente blindadas ou totalmente blindadas, de modo que apenas aqueles que usam transações totalmente blindadas estariam a salvo dos sistemas de rastreamento.
De qualquer forma, os dados relacionados ao Zcash são encorajadores e favorecem essa blockchain, que recentemente registrou um aumento de 70% nas transações protegidas, embora as críticas não demorem a chegar a usuários como Whale Panda e Riccardo Spagni, da Monero, que criticaram duramente a blockchain da Zcash por ter pago as exchanges para listar a ZEC.
E a privacidade?
Certamente Monero (XMR) é uma das criptomoedas que garante um alto nível de privacidade para fazer transações protegidas contra olhares indiscretos.
Por fim, para superar os problemas de privacidade, também é possível usar sempre um endereço diferente ou usar sistemas misturadores de transações como o Wasabi, que é tão confiável que até a Europol teve que intervir para verificar seu trabalho.
Fonte: cryptonomist
O autor: Bruno Lugarini
Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.