O BIS e os bancos centrais da França, Singapura e Suíça testaram com sucesso a negociação transfronteiriça de CBDCs no atacado

O BIS e os bancos centrais da França, Singapura e Suíça concluíram com sucesso o teste transfronteiriço de CBDCs para transações grossistas, no Projeto Mariana, supervisionado pelo BIS. O relatório foi divulgado pelo Banque de France em 28 de setembro.

CBDCs permitem pagamentos transfronteiriços em tempo real

O Projeto Mariana avaliou a negociação e liquidação transfronteiriça da moeda digital do euros, dólares de Singapura e francos suíços entre instituições financeiras simuladas usando tecnologia DeFi em um blockchain público.

Com base em um padrão de token em uma blockchain pública, a iniciativa promoveu a interoperabilidade e a troca de wCBDC entre sistemas locais de pagamento e liquidação dos bancos centrais participantes.

O Projeto Mariana investigou a liquidação estrangeira e cambial em um cenário onde os bancos centrais emitiriam CBDCs no atacado, à medida que um número crescente de nações, incluindo países europeus e asiáticos, considera essa emissão. O Banque de France afirmou anteriormente que os CBDCs atacadistas poderiam melhorar os pagamentos internacionais.

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Segundo a Cecilia Skingsley, chefe do Centro de Inovação do BIS:

O Projeto Mariana é pioneiro no uso de novas tecnologias para mercados interbancários de câmbio. Demonstrou com sucesso que é viável trocar CBDCs atacadistas através das fronteiras usando conceitos novos, como criadores de mercado automatizados (AMM).

AMMs são mecanismos de negociação autônomos, que neste experimento funcionaram de forma semelhante a uma bolsa descentralizada.

Segundo o comunicado, o experimento foi considerado um triunfo pelos participantes, mas são necessárias mais pesquisas e experimentações. Além disso, manifesta preocupação quanto ao caráter experimental do Projeto Mariana, afirmando:

O projeto até usou contatos inteligentes para permitir que os bancos centrais gerenciassem seu wCBDC sem a necessidade de operar ou controlar diretamente a plataforma subjacente […] Os elementos DeFi (finanças descentralizadas) testados no projeto, especificamente criadores de mercado automatizados, poderiam formar a base para um nova geração de infra-estruturas do mercado financeiro.