Andy Warhol e NFTs: existe alguma relação?

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Non-Fungible Soup: “Pop Art” encontra o universo cripto. Imagem: Reprodução

Um dos artistas pop mais famosos do mundo pode ter influenciado a onda dos NFTs artísticos

Pop Art na Web3

Poucos artistas contemporâneos chamaram tanta atenção como Andrew Warhola, popularmente conhecido como Andy Warhol. Ele nasceu em agosto 1928 na cidade norte-americana de Pittsburgh, Pensilvânia, e faleceu em fevereiro de 1987. Mas seu legado permanece até hoje – e é replicado constantemente no mundo dos NFTs.

Entenda um pouco sobre a história de Warhol e como sua obra continua sendo referência no mundo digital.

História de Andy Warhol

Na década de 1960, Warhol começou a se interessar pelo movimento “pop art”, iniciado no Reino Unido na década de 1950. O movimento é caracterizado pelo trabalho com produtos e serviços produzidos em massa, como latas de alimentos, garrafas de refrigerantes, peças de moda etc.

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Em 1961, o artista criou a peça Coca-Cola [2]; desde então, o mundo passou a abrir os olhos para suas criações curiosas e psicodélicas. Seu trabalho misturava pinturas à mão com serigrafia (silkscreen).

Celebridades começaram a ser retratadas por Warhol a partir de 1962: Marilyn Monroe, Elvis Presley e Elizabeth Taylor são alguns exemplos.

Um fato curioso: as marcas utilizadas pelo artista decidiram não o processar; a visibilidade era boa para os negócios.

Onde entram os NFTs?

Décadas após sua morte, artistas continuam a copiar as tendências de Warhol. Algumas dessas criações são feitas digitalmente e comercializadas em marketplaces: os tokens não fungíveis (NFTs).

Um bom exemplo disto é a coleção Style of Skull, presente na plataforma Curate. Outro é o trabalho Non-Fungible Soup, diretamente inspirado na obra de Warhol com latas de sopa Campbell’s.

Trabalhos nunca lançados por Warhol, da coleção “Amiga”, foram vendidos no ano passado e arrecadaram US$ 3,38 milhões.

Os exemplos são incontáveis. Novos NFTs baseados nesta tendência continuam sendo lançados e comercializados aos quatro ventos; alguns dão bastante certo, enquanto outros acabam despercebidos em meio à penumbra. Mas é certo afirmar que Warhol continua sendo tendência – mesmo durante a revolução da Web3.

É possível conhecer a fundo sobre a vida e a obra de Warhol através do site warhol.org. Se você tiver um senso artístico mórbido, poderá “visitar” sua lápide ao vivo pela internet; trata-se do projeto “Figment”.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.