Gemini e Genesis x SEC

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) acusou a exchange criptográfica Gemini e a empresa de empréstimo criptográfico Genesis Global Capital de oferecer e vender títulos não registrados. Ambas as empresas assinaram um acordo em dezembro de 2020 para fornecer aos clientes da exchange uma opção de rendimento criptográfico chamada Gemini Earn, que prometia rendimentos de até 8% para os clientes.

De acordo com o acordo, os clientes da Gemini emprestariam seus ativos criptográficos à Genesis, que os reembolsaria com juros. A SEC afirma que o programa Earn constitui a oferta e venda de títulos que deveriam ter sido registrados.

A SEC também revelou que Genesis e Gemini geraram ativos avaliados em centenas de milhões de dólares de centenas de milhares de investidores. A agência iniciou uma investigação para determinar se a joint venture violou outras leis de valores mobiliários e se há outras entidades e pessoas envolvidas na “conduta supostamente inadequada”.

• Veja também: Sam Bankman-Fried quebra o silêncio durante prisão domiciliar e dá detalhes sobre a insolvência da FTX

O chefe da SEC, Gary Gensler, comentou:

“As acusações de hoje se baseiam em ações anteriores para deixar claro para o mercado e o público investidor que as plataformas de empréstimo criptográfico e outros intermediários precisam cumprir nossas leis de valores mobiliários comprovadas. Isso protege melhor os investidores, promove a confiança nos mercados e não é opcional, é lei.”

Enquanto isso, a Genesis anunciou em 10 de novembro que tinha cerca de $172 milhões em fundos no FTX, que recentemente desabou. Sua empresa-mãe, Digital Currency Group (DCG), enviou $140 milhões no mesmo dia para ajudar a “fortalecer sua situação financeira”. No entanto, não foi o suficiente, pois a Genesis suspendeu os saques alguns dias depois, citando “instabilidade de mercado sem precedentes”.