Gemini diz que CEO da Digital Currency está agindo de má fé e emite carta aberta

Gemini

A exchange Gemini está correndo atrás para poder pagar os usuários do programa Earn, mas o fundador da Digital Currency diz que não deve nada a ninguém

Como já publicado anteriormente, a Gemini suspendeu os pagamentos e toda a operação do produto Earn, pois foi ocasionado devido à crise da Genesis (pois o projeto que é negociado na Gemini é fruto da Genesis), e a crise de liquidez surgiu com a quebra da FTX, sendo assim os fundos dos clientes estão presos.

Carta aberta ao CEO da Digital Currency, Barry Silbert

Os fundadores da Gemini emitiram uma carta aberta para o CEO da Digital Currency, o dono da Genisis, Barry Silbert, e na carta eles citam que os 340.000 usuários são pessoas que confiaram na empresa e por este motivo emprestaram as suas finanças a Genesis.

No documento diz que:

Esses usuários não são apenas números em uma planilha. Eles são pessoas reais. Uma mãe solteira que emprestou o dinheiro da educação do filho para você. Um pai que emprestou dinheiro que poderia ter usado com seu filho. Um marido e uma mulher que lhe emprestaram as economias de uma vida inteira (…). Eles merecem respostas concretas e estamos aqui para obtê-las.

O produto foi lançado em 2015 na Gemini e popularizou-se como uma alternativa para investidores de criptomoedas obterem um alto rendimento em seus ativos digitais. Através do Gemini Earn, essas pessoas receberam lucro por suas criptomoedas, como Bitcoin, Ethereum e outras, participando de seu programa de alto rendimento.

Desde que foi interrompido o sistema de pagamento, a Gemini vem negociando com a Geneis como um ato de “boa fé e de maneira colaborativa”, como já foi relatado pelo Webitcoin e através da carta.

Winklevoss diz que a Gemini tentou tornar seus clientes informados enquanto permitia espaço de manobra para o DCG; a empresa possui cerca de US$ 1 bilhão devido aos produtos Genesis. No entanto, as negociações chegaram a um ponto crítico, pois ficou “claro que você está se envolvendo em táticas de estol de má fé”, se dirigindo ao CEO da Genisis.

Barry Silbert supostamente não quis se encontrar cara a cara com Winklevoss. A carta afirma: 

No dia 25 de dezembro, dia de Natal, uma versão atualizada desta proposta foi entregue a você. Apesar disso, você continua a se recusar a entrar em uma sala conosco para discutir uma resolução. Além disso, você continua a se recusar a concordar com um horário com marcos importantes.

Barry Silbert vai ao Twitter se posicionar sobre o caso

Barry Silbert é muito ativo em seu perfil no Twitter e isto mudou quando o problema com a Genesis começou, mas hoje, Silbert através do twitter respondeu à carta aberta de Winklevoss:

DCG não emprestou US$ 1,675 bilhão da Genesis.
A DCG nunca perdeu um pagamento de juros para a Genesis e está em dia com todos os empréstimos pendentes; próximo vencimento do empréstimo é maio de 2023.
A DCG entregou à Genesis e seus consultores uma proposta em 29 de dezembro e não recebeu nenhuma resposta.

Para Winklevoss, a única coisa que Silbert fez foi se “esconder” atrás de seus advogados e de alguns banqueiros, com isto ele ganha tempo e não acata a responsabilidade dele, e Winklevoss respondeu da seguinte maneira:

A ideia em sua cabeça de que você pode se esconder silenciosamente em sua torre de marfim e que tudo isso vai desaparecer magicamente ou que isso é problema de outra pessoa é pura fantasia. Para ser claro, essa bagunça é inteiramente de sua autoria.

O DCG supostamente deve à Genesis mais de US$ 1,6 bilhão. A empresa usou esses fundos para “alimentar recompras de ações gananciosas” e outros empreendimentos arriscados supostamente para o ganho de Silber. As duas empresas sofriam de uma doença que derrubou muitos no setor: a má gestão de ativos.

Foto de Washington Leite
Foto de Washington Leite O autor:

Formado em Administração de Empresas, sou entusiasta da tecnologia e fascinado pelo mundo das criptomoedas, me aventuro no mundo do trade, sendo um eterno aluno. Bitcoin: The money of the future