Entenda o desenvolvimento da criptomoeda do Facebook

Desde 2018 o Facebook tem dado forma à sua criptomoeda

Tudo começou em agosto de 2018, quando o Facebook supostamente se encontrou com o pessoal do cripto projeto Stellar, conforme relatado pelo Business Insider. Os boatos sobre a criação de um token por parte da gigante das redes sociais, surgidos em janeiro do mesmo ano, ganharam tração.

Contudo, no mesmo mês, o Facebook negou ter se encontrado com a Stellar e afirmou ainda não estar interessado em criar sua própria cripto. Nesta oportunidade, representantes da Stellar disseram que faria sentido a empresa de Mark Zuckerberg utilizar a rede para processar transações.

Aplicação

Em dezembro de 2018, o Bloomberg relatou que o Facebook estava pretendendo criar uma stablecoin, cuja utilização seria feita por meio do aplicativo WhatsApp. Ou seja, o aplicativo passaria a possibilitar transações financeiras, com a opção de pagamento em criptomoedas.

Uma stablecoin é uma criptomoeda pareada com um ativo ou uma moeda fiat – como dólar, real, euro, etc. À época, a fonte que informou o Bloomberg sobre o desenvolvimento afirmou que a criptomoeda não será lançada tão cedo, pois o Facebook está trabalhando antes em uma solução de custódia.

Tendo em vista a possibilidade do WhatsApp se tornar um aplicativo de mensagens e transações – semelhante ao WeChat, da China, muitos desconfiam que a empresa de Mark Zuckerberg estaria considerando migrar para o ramo das finanças. Um dos indicadores foi a contratação do ex-presidente do PayPal e ex-membro do conselho da exchange Coinbase, David Marcus, em 2014. Marcus atualmente é o chefe da divisão de blockchain da companhia, já tendo experiência em aplicativos de mensagens – antes ele liderava a divisão do aplicativo Messenger, também do Facebook.

Contratações e expansão

Falando na divisão de blockchain do Facebook, ela tem passado por expansão nos últimos meses. Em dezembro, o Facebook abriu cinco vagas de emprego para o grupo, que já conta com quarenta integrantes. As vagas abertas eram para engenheiros de software, cientista de dados e engenheiro de dados.

Em fevereiro deste ano, foi firmada uma parceria entre uma empresa focada em smart contractsChainspace, e a gigante da área de redes sociais. O objetivo é aproveitar a experiência e conhecimento dos funcionários da Chainspace para aplicar nos desenvolvimentos em blockchain do Facebook. O número de vagas na empresa de Zuckerberg relacionadas à tecnologia blockchain também aumentou desde dezembro – de cinco vagas, em fevereiro passaram a ser onze.

De acordo com uma declaração do Facebook sobre seu ramo de blockchain:

“Nosso objetivo é ajudar bilhões de pessoas com acesso a coisas que elas não têm atualmente – pode ser assistência médica, serviços financeiros ou novas formas de guardar ou compartilhar informações.”

Desde fevereiro, nenhuma outra informação relevante sobre o caso foi trazida à tona. Contudo, analisando tudo que foi feito desde meados de 2018, nota-se que a possibilidade de uma criptomoeda criada pelo Facebook se torna cada vez mais clara.