Após TSE negar que houve ataque, hackers expõem dados

Grupo hacker autodenominado CyberTeam divulga banco de dados para afirmar a invasão no sistema do TSE

Conforme relatado no site Time24News, no domingo (15/11), dia das eleições municipais em todo o Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enfrentou um novo problema. O TSE anunciou durante a semana que não foi alvo de um ataque virtual, os hackers vazaram uma série de informações internas do tribunal para demonstrar a vulnerabilidade.

O vazamento foi exposto por um grupo que se autodenomina CyberTeam. Segundo eles, a divulgação das informações não tem necessariamente uma mensagem política, apenas uma forma de negar ao tribunal, que afirma não ter sido invadido, e de afirmar que os investimentos do Estado brasileiro em cibe segurança não estão surtindo os efeitos esperados.

Segundo a CyberTeam, a vulnerabilidade utilizada por eles para invadir os sistemas do TSE permanece aberta, portanto ainda é possível acessar o banco de dados do tribunal. Para a Digital Look, os autores dizem que notaram uma mudança no firewall após o primeiro ataque e o órgão afirma que não houve ataque cibernético, mas o acesso aos sistemas continua possível.

O grupo afirma que:

A segurança do TSE foi comprometida logo após a divulgação de que a segurança havia sido reforçada com o atentado ao STJ e às demais áreas do Ministério da Justiça. Isso é apenas uma prova de que os gastos milionários do governo não serviram para nada.

O que foi divulgado pelos Hackers

Os dados divulgados mostram a estrutura do banco de dados TSE, mas não expõe os dados do cidadão. No entanto, eles apresentam uma série de credenciais para acessar os sistemas judiciais em sete arquivos .TXT.

Além do TSE, o ataque também atingiu sistemas de outras organizações a ele vinculadas, como os Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), que atuam em esferas estaduais.

Apesar do ataque ao TSE, a CyberTeam diz que não tem nada a ver com outros ataques mais graves que afetaram recentemente o judiciário. Mais especificamente, afirmam não estar envolvidos com o ransomware que suspendeu temporariamente as atividades do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Previsão das votações futuras

Conforme reportagem no programa Fantástico, apresentado no domingo (15/11), o TSE efetuou testes com o sistema Blockchain, conforme matéria publicada pela Webitcoin no dia (12/11). Os testes foram realizados em três estados: Goiás, Curitiba e em São Paulo.

Caso tenha  ocorrido tudo perfeito e seja aprovado o novo sistema, daremos um salto na maneira de votar, passaremos das urnas para votação via internet.

O TSE esta analisando esta mudança devido os altos custos para manter as eleições com as urnas eletrônicas, neste ano o Tribunal gastou cerca de 800 milhões de reais, tudo isto foi gasto somente para reposição de 180 mil urnas.

O Fantástico entrevistou o Edilson Osório Jr., especialista em blockchain e fundador da empresa OriginalMy, que inclusive já participou do nosso Webitcast e da Live.

A OriginalMy está localizada na Estônia, onde o voto on-line já é utilizado desde 2007, segundo Edilson, para coibir a compra de voto, incorpora-se uma maneira como a Estônia faz, ao invés de ter um dia para a eleição, pode durar por vários dias e o eleitor, inclusive, pode trocar o voto durante esses dias, porque o comprador do voto nunca terá certeza que o eleitor votou na pessoa esperada.

Edilson completa: O problema é a infra estrutura da internet que tem que suportar uma grande quantidade de acessos dos usuários e de ataques hackers.

Fontes: Time24News e Jornal Fantástico

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Foto de Washington Leite O autor:

Formado em Administração de Empresas, sou entusiasta da tecnologia e fascinado pelo mundo das criptomoedas, me aventuro no mundo do trade, sendo um eterno aluno. Bitcoin: The money of the future