A CVM emitirá diretrizes próprias para gerar mais clareza no setor das criptomoedas, mas isto coloca em risco todo o processo iniciado em 2015?

A CVM – Comissão de Valores Mobiliários diz que quer “transparência” nas criptomoedas e afirma que está preparando um conjunto de diretrizes do setor. O órgão está trabalhando em conjunto com o Ministério da Economia, em um possível retrocesso para os parlamentares que pretendem regular o setor.

No início deste mês, a CVM, mudou espetacularmente para uma atitude distintamente laissez-faire em relação às criptomoedas, anunciando abruptamente que queria desempenhar um papel fundamental na formação da política de criptomoedas.

A CVM está sob nova direção, mas seu ex-chefe parecia feliz deixar a comissão fora do assunto cripto. Assim, os deputados elaboraram um projeto de lei relativamente pró-negócios que agora aguarda a confirmação final do parlamento. A intervenção de última hora da CVM pode exigir que o presidente vete todo o projeto, e arruine um processo que começou em 2015.

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Em um post oficial, a CVM escreveu que “cripto ativos” foram um dos principais assuntos discutidos em uma reunião com a unidade de criação de políticas do ministério realizada no Rio de Janeiro no final da semana passada.

João Pedro Nascimento, chefe da CVM, foi citado, afirmando que a comissão estava “atenta à questão” das criptomoedas e “em breve emitirá” suas próprias diretrizes “consultivas” para o setor. Ele alegou que os “problemas de transparência” da criptomoeda precisavam “ser explorados”.

Nascimento concluiu:

O público precisa ter informações disponíveis [sobre criptos ativos] fornecidas a ele de maneira clara e objetiva.

A adoção de criptomoedas está em alta no Brasil. No início deste mês, dados do governo revelaram que os brasileiros gastaram mais dinheiro do que nunca em compras de criptomoedas este ano. Em maio, os investidores de criptomoedas quebraram seus recordes, gastando US$ 912 milhões em moedas no espaço de apenas 31 dias.