Itália: bancos estão a favor de um euro digital

Em uma declaração da Associação Bancária Italiana (ABI), os bancos estão a favor de um euro digital.

Em particular, a declaração revela que o Comitê Executivo da ABI aprovou as diretrizes gerais para a Moeda Digital do Banco Central (CBDC), declarando explicitamente:

“Graças às habilidades adquiridas na implementação de infraestrutura e governança distribuída, os bancos italianos estão dispostos a participar de projetos e experimentos para uma moeda digital do Banco Central Europeu, acelerando sua implementação em um primeiro país”.

A Itália está usando como moeda legal o euro, emitido pelo Banco Central Europeu (BCE), o que significa que a Itália deve ter um euro digital como possível CBDC.

Moedas digitais na zona do euro

Além disso, na França, outro país da zona do euro, os testes no euro digital já começaram no mês passado, de modo que a declaração da ABI não é uma surpresa.

Pelo contrário, sugere que vários países da zona do euro estão considerando seriamente a possibilidade de ter um euro digital, começando com testes técnicos que visam trazer à luz quaisquer problemas estruturais.

Por exemplo, no ano passado, a própria ABI criou um grupo de trabalho dedicado aos aspectos relacionados a moedas digitais e criptomoedas, e foi esse grupo que desenvolveu dez considerações compartilhadas com o Comitê Executivo da associação.

A estabilidade monetária continua sendo a principal prioridade em relação ao euro; além disso, os bancos italianos já usam o DLT (Distributed Ledger Technology). Além disso, eles declaram que desejam desempenhar seu papel nessas mudanças introduzidas pelas moedas digitais.

O comunicado à imprensa afirma explicitamente que uma moeda digital programável seria uma inovação capaz de revolucionar profundamente as moedas e sua circulação, com um potencial valor agregado significativo, especialmente em termos de eficiência dos processos operacionais e de gerenciamento.

Nesse sentido, o euro digital é identificado como a ferramenta mais apropriada para conciliar os requisitos de inovação com a atual estrutura regulatória.

Também é enfatizado que tal instrumento poderia:

“Reduzir a atratividade de instrumentos de uso comparável, mas emitidos por entidades privadas ou (em casos de descentralização total) não identificáveis, caracterizados por um perfil de risco inerentemente mais alto”.

Portanto, a ABI salienta que já nesta fase haveria concorrentes privados à moeda fiduciária, provavelmente se referindo em particular às stablecoins.

De fato, exige explicitamente que um CBDC europeu seja emitido ao público como uma evolução do caixa.

Como resultado, por um lado, o euro digital deve funcionar como uma alternativa às criptomoedas privadas e, em particular, às stablecoins, enquanto, por outro, deve funcionar como uma alternativa às notas físicas.

A declaração também aponta que um euro digital favoreceria a transmissão de valor entre pares, facilitando assim as trocas entre pessoas e máquinas ou entre máquinas, e que poderia apoiar contratos inteligentes, reduzindo assim os processos administrativos.

Em outras palavras, a associação de bancos italianos apóia fortemente essa inovação, desde que ela seja implementada e gerenciada pelo banco central e não danifique o sistema financeiro atual.

Fonte: cryptonomist

 

 

 

 

 

 

 

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Foto de Bruno Lugarini O autor:

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.