Os CEOs da Cointrade, Stratum CoinBr, 3xBit, NegocieCoins e NewCash se reúnem para um debate

Líderes de importantes cripto plataformas brasileiras se reúnem para um debate

Hoje foi feito o upload no canal Dash Dinheiro Digital, do YouTube, um debate envolvendo os CEOs de cinco das maiores exchanges do Brasil: Marcos Lima, da Cointrade; Rocelo Lopes, da Stratum CoinBr; Saint Clair, da 3xBit; Bruno Ramos, da NegocieCoins; Renato Oliva, da NewCash.

A primeira pergunta feita pela comunidade se deu acerca da dificuldade de abrir um cripto negócio. A questão dos bancos foi unanimidade entre os participantes do debate, em relação à dificuldade de obter acesso aos serviços das instituições financeiras tradicionais.

Saint Clair, da 3xBit, mencionou ainda a facilidade para utilização por parte do usuário, que é um ponto importante para que um cripto negócio prospere no país.

Rocelo Lopes deu importantes dicas para as cripto startups que desejam iniciar um negócio na esfera. Uma delas é evitar os bancos privados, que podem encerrar as contas sem prestarem explicações. Para isso, ele aconselhou o uso de bancos públicos que, de acordo com a Constituição Federal, são obrigados a prestarem seus serviços.

Rocelo ainda aconselhou às startups que estão florescendo na esfera que evitem brigas com os bancos. Ele deu o exemplo da plataforma fornecida pela empresa por ele representada, a Stratum CoinBr, que prestará o serviço de conta para a startup e cuidará da briga com os bancos – esta classificada por ele como muito onerosa, razão pela qual startups em seu início devem evitá-la.

Outro ponto abordado foi o volume de troca, mais especificamente de Bitcoin. Nesta pergunta, a comunidade questiona o que faz com que uma exchange movimente um grande volume de BTCs.

Saint Clair respondeu com clareza ao falar sobre parcerias nos mais variados âmbitos, como APIs para clientes, parceiros capazes de fornecem liquidez, além de soluções tecnológicas para o cliente – pois, segundo ele, um cliente bem atendido manterá o fluxo de criptomoedas.

O ponto seguinte foi mais complicado, gerando mais divergências: “por que as exchanges insistem em aplicar medidas que tiram o anonimato?”

Bruno Ramos é um defensor da política KYC, ou “conheça seu cliente”, pois, de acordo com ele, isso gera uma confiança maior no cliente. Tal tipo de política inclui enviar uma série de documentos diferentes confirmando a identidade do usuário para a plataforma de troca.

Renato Oliva também defende a mesma linha, mas de uma forma mais branda – ele acredita em um limite no qual os documentos devem ser requeridos dos usuários.

Rocelo Lopes e Marcos Lima concordam que o máximo que deve ser solicitado de um cliente é seu email, sendo as demais informações deixadas de lado.

Saint Clair ressalta que a empresa por ele representada, 3xBit, aplica uma segmentação: para as criptos, a forma das criptos deve ser levada – sem atritos, focando na privacidade do usuário; para a moeda fiat, as vias tradicionais devem ser mantidas – ou seja, o formato KYC.

Ainda no ponto sobre políticas KYC, Rocelo faz um sopesamento sobre ambas as posturas apresentadas. No caso de KYC, ele entende que esta também é um forma da exchange se resguardar, caso haja alguém problema de saque e sejam creditadas criptos a mais na conta do usuário. Desta forma, seria possível contatá-lo e reaver as moedas.

Contudo, ele reconhece que esta prática é lesiva para o usuário, que entrega suas informações à plataforma e fica à mercê de seus funcionários manterem seus dados dentro da plataforma. Rocelo inclusive recomenda que usuários fiquem longe de plataformas que requeiram informações demais – principalmente imposto de renda.

Você pode conferir a fundo os pontos abordados no vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=vRSryDR8CMM&feature=youtu.be