Tether: Domínio dispara acima de 70%, mas escândalos rodeiam a maior stablecoin

Copia de Contra Capa 15

O sucesso financeiro da Tether vai além das stablecoins, com uma carteira de investimentos em Bitcoin de US$ 3 bilhões em 4 de janeiro de 2024, comprovando lucro substancial.

A Tether, responsável pela popular stablecoin USDT, viu sua participação de mercado saltar de 50% para impressionantes 71% em 2023, de acordo com a Glassnode. Além disso, seu portfólio de Bitcoin, avaliado em cerca de US$ 3 bilhões, tem sido outra fonte significativa de lucro.

Enquanto a Tether cresce, surgem preocupações sobre seu uso por criminosos e lavadores de dinheiro no Sudeste Asiático, conforme um relatório da ONU publicado recentemente.

Em 12 de janeiro, a Tether emitiu mais US$ 1 bilhão, elevando a capitalização de mercado do USDT a um recorde de US$ 95 bilhões. Em contraste, seu principal rival, o USDC da Circle, que recentemente entrou com pedido de IPO, tem apenas 27 bilhões de tokens em circulação.

Paolo Ardoino, após assumir o cargo de CEO no final de 2023, tem buscado estreitar laços com autoridades americanas. A Tether já colaborou congelando carteiras ligadas a sanções do OFAC, resultando no apreendimento de mais de US$ 435 milhões em fundos ilícitos.

Apesar do combate ao crime, o uso do USDT por criminosos em ciberfraudes, lavagem de dinheiro e sistemas bancários clandestinos na Ásia é motivo de preocupação. Esquemas como “sextortion” (chantagem sexual) e “pig butchering” (fraudes românticas) frequentemente utilizam a stablecoin.

Entretanto, a Tether demonstra disposição em cooperar com autoridades. Segundo dados da Dune Analytics, já foram banidos mais de 1.260 endereços associados a atividades ilícitas, totalizando mais de US$ 875 milhões em USDT congelados.

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Foto de Marcelo Roncate O autor:

Redator desde 2019. Entusiasta de tecnologia e criptomoedas.